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Os contos de fadas têm o dom da sedução e o poder de encantar gerações. As lições e a magia que envolve as histórias tradicionais, servem de pano de fundo a inúmeras versões, dirigidas ao público infantil, mas também aos adultos. O conto A Princesa e a Ervilha é um bom exemplo.
Escrito pelo aclamado escritor dinamarquês Hans Christian Andersen, este conto ensina, de forma singela, uma importante lição: não nos devemos deixar levar pelas aparências. Em A Princesa e a Ervilha, a nossa heroína aparenta inicialmente uma mendiga que se diz princesa. E as peripécias que se seguem e que nós reescrevemos, vão comprovar que ela é realmente uma verdadeira princesa!
A Princesa e a Ervilha
Era uma vez um príncipe que vivia num reino muito distante, num belíssimo castelo com os pais, o rei e rainha. Ora o nosso príncipe tinha chegado à idade de casar. Porém a sua futura noiva teria que ser uma verdadeira princesa de sangue real.
Apesar de ter conhecido várias princesas dos reinos vizinhos, nenhuma o cativou. Assim, decidiu partir em viagem por esse mundo fora para procurar uma princesa. Andou por reinos longínquos, conheceu princesas muito diferentes mas, novamente, não encontrou uma que o interessasse. O príncipe voltou então para o seu reino.
Numa noite de tempestade alguém bateu à porta do castelo. Quando os criados abriram a porta viram uma rapariga totalmente encharcada e a tremer de frio. A rapariga disse ser uma princesa que tinha sido apanhada desprevenida pela tempestade e pediu guarida para aquela noite. Contudo, o aspeto da rapariga nada tinha a ver com o que se esperaria de uma princesa.
Contudo, o rei e a rainha acederam a dar-lhe abrigo para aquela noite e mandaram-na entrar. Deram-lhe roupa seca, sentaram-na em frente à fogueira e deram-lhe uma bebida quente. Entretanto, o príncipe que tinha acordado com a azáfama, desceu, viu a rapariga e encantou-se imediatamente por ela. Logo se sentou ao lado dela em alegre conversa.
Enquanto o príncipe trocava impressões com a rapariga, a rainha decidiu testá-la para saber se ela era mesmo uma princesa. Para tal, foi ao quarto de hóspedes e colocou uma ervilha debaixo do colchão da cama onde a rapariga iria dormir. Depois ordenou aos criados que colocassem mais 19 colchões por cima daquele colchão e uma escada para a rapariga subir.
Uma noite mal-dormida…por causa de uma ervilha!
Na manhã seguinte, ao pequeno-almoço, a rainha perguntou à rapariga se esta tinha dormido bem. A rapariga, que apresentava um ar cansado respondeu que na verdade tinha dormido muito mal. A cama tinha algo duro que lhe tinha moído o corpo e não a tinha deixado pregar o olho.
Perante esta resposta, a rainha exclamou que ela era realmente uma verdadeira princesa. É que só uma verdadeira princesa de sangue real conseguiria sentir uma ervilha debaixo de 20 colchões.
O príncipe, que estava encantado com rapariga e ela com ele, ficou muito contente. Assim, decidiu pedi-la logo ali em casamento e ela aceitou. Todos ficaram muito felizes, principalmente os dois jovens.
O casamento entre os dois jovens apaixonados foi celebrado pouco tempo depois.