Depois da conceção, o ovo fertilizado (blastocisto) desce ao longo das trompas de Falópio em direção ao útero onde se fixa. Agora, o ovo precisa de encontrar rapidamente uma forma de se fixar e encontrar uma forma de absorver os nutrientes a partir do corpo da mãe. Saiba como se forma a placenta.
No final do primeiro trimestre da gestação, a placenta está completamente desenvolvida, fornecendo ao bebé tudo o que ele necessita para se desenvolver. Mas a placenta também ajuda a criar as condições necessárias para manter a gravidez e preparar o corpo materno para a amamentação e para o parto.
Como se forma a placenta?
Uma corrida contra o tempo
O blastocisto tem 7-10 dias após a fertilização para se implementar (nidificar) na parede uterina. Se não o conseguir fazer durante esse período de tempo, o revestimento uterino é expulso na próxima menstruação e a mulher nem se apercebe que esteve grávida.
A formação da placenta
Assim que o ovo fertilizado se consegue implementar na parede uterina (a etapa designada de implantação), a placenta começa a formar-se no ponto de ligação. Por norma, a placenta inicia o seu desenvolvimento uma semana após a conceção, tempo necessário para a viagem do blastocisto até ao local onde se irá fixar.
O minúsculo blastocisto é constituído por duas camadas: uma massa celular interna e uma camada externa de células. A massa celular interna dará origem ao embrião enquanto a camada externa formará a face fetal da placenta.
Com a implementação do ovo, as células da camada externa iniciam a formação das vilosidades coriónicas. Estas pequenas saliências ligam os vasos sanguíneos da placenta à parede do útero e será esse o canal através do qual se farão as trocas entre a mãe e o bebé.
A mãe contribui com nutrientes e anticorpos e o bebé envia os seus desperdícios. Estes, entram no sistema circulatório da mãe e são assim eliminados da bolsa protetora do bebé. Durante este processo, não existe contacto direto entre o sangue da mãe e o sangue do bebé.
Por volta do final do primeiro trimestre da gestação, a placenta está completamente formada e ligada à parede uterina. Nos próximos 6 meses, assume por completo a função de fornecer ao bebé tudo aquilo de que ele necessita para se desenvolver e preparar para a vida fora da proteção do útero.
Mas, para além de alimentar, fornecer oxigénio e filtrar os desperdícios do bebé, a placenta produz e segrega muitas hormonas que desempenham um papel fundamental na criação das condições necessárias ao desenvolvimento do bebé, na manutenção da gravidez e na preparação do corpo materno para a amamentação e para o parto.