Podemos escolher o sexo do bebé? Terá provavelmente ouvido que a possibilidade de conceber um menino ou uma menina é de 50-50. Mas, já pensou se seria possível escolher o sexo do seu bebé? Ou se não escolher, se será possível influenciar a possibilidade de ter um menino ou uma menina?
A ciência pode permitir escolher o sexo do bebé?
Na verdade, existe a possibilidade de escolher o sexo do bebé: através da escolha dos espermatozoides. Esta possibilidade está disponível legalmente nalguns países, como os Estados Unidos. Contudo, tem um custo bastante elevado.
A técnica mais comum usada para selecionar os espermatozoides é através da citometria de fluxo.
Esta técnica funciona da seguinte forma: o homem produz uma amostra de esperma. Os especialistas em fertilidade adicionam um corante fluorescente ao esperma para distinguir os espermatozoides que produzirão um menino e os que produzirão uma menina. A forma como o corante se liga ao material genético do espermatozoide permite distinguir entre ambos os sexos.
Considera-se a fiabilidade deste método como sendo muito elevada. Com efeito, pensa-se que a taxa de sucesso é de 93% para os meninos e de 85% para as meninas.
Após esta seleção dos espermatozoides, os escolhidos podem ser a inseminados artificialmente, embora não haja garantia de sucesso com este método. Neste caso, o método de fertilização in vitro é mais eficaz.
Escolher o sexo do bebé: um fármaco chamado resiquimod
O mundo da investigação tem dado alguns passos tornando a possibilidade da seleção do sexo do bebé cada vez mais próxima. Contudo, isto levanta muita polémica em termos éticos, como é natural.
Em 2019, uma equipa de investigadores japoneses descobriu um método de determinar o sexo de um futuro bebé. Os investigadores explicaram que tinham conseguido retardar o movimento dos espermatozóides com o cromossoma X (aqueles que dão lugar a meninas), mantendo inalterado o movimento dos espermatozóides com o cromossoma Y (os que determinam a conceção de meninos).
A equipa explicou também que este processo foi possível com o uso de um fármaco conhecido como resiquimod. O fármaco é atualmente usado como antiviral e antitumoral.
Testes efetuados em ratos que tinham sido fertilizados com o esperma mais rápido, surtiram 90% de crias do sexo masculino. Por outro lado, os ratos que tinham sido fertilizados com espermatozóides mais lentos, deram à luz 81% de crias do sexo feminino.
O estudo que foi publicado na revista científica PLOS Biology, está descrito num artigo no portal de notícias científicas EurekaAlert!.
A escolha da altura certa poderá influenciar o sexo de um bebé?
Mas vamos por agora por a investigação de parte. Há teorias que defendem que é possível influenciar a escolha do sexo do bebé através da escolha da altura certa para a sua conceção. Mas, atenção, vamos falar apenas de teorias pois são técnicas que não estão comprovadas.
De qualquer forma, se o seu desejo é muitíssimo inclinada para um sexo em especial, não custa nada tentar. Como requisito fundamental, deve conhecer o seu ciclo menstrual muito bem. Contudo, esteja preparada para uma eventual deceção!
Como dizíamos, há, portanto, três métodos, já com algumas décadas, que têm os nomes de quem os desenvolveu:
- Shettles
- Whelan
- Billings
O método Shettles
O método Shettles foi desenvolvido nos Estados Unidos, na década de 1960, pelo Dr. Landrum Shettles.
A teoria subjacente a este método é baseada na ideia que os espermatozoides que produzem bebés do sexo masculino movimenta-se mais rapidamente do que os que dão origem a bebés do sexo feminino. Contudo os espermatozoides masculinos têm uma longevidade menos que os femininos. Landrum Shettles dizia que este método tinha uma eficácia de 75% para conceber uma menina, e 80% para ter um menino.
Assim, se desejar, um menino, deverá ter relações sexuais o mais próximo possível da ovulação. Isto é devido ao facto de os espermatozoides que originam meninos serem mais rápidos do que os que originam meninas. Por isso chagam mais rápido ao óvulo.
Por outro lado, se quiser uma menina, deve ter relações sexuais entre dois a quatro dias antes de ovular pois os espermatozoides de dão origem a meninas sobrevivem mais tempo.
Método Whelan
Este método funciona ao contrário do método Shettles. Para ser mais concreto, contradiz o método Shettls pois a sua teoria é a antítese do anterior. Desenvolvido por Elizabeth Whelan, foi apresentado numa obra da mesma autora em 1977. A obra Whelan defende que as alterações bioquímicas que se dão numa altura mais precoce do ciclo menstrual favorecem os espermatozoides que originam meninos.
Portanto, se desejar um menino, deve te relações sexuais entre quatro a seis dias antes da ovulação. Pelo contrário, se o seu desejo é uma menina, deve te relações sexuais entre dois a três dias antes da ovulação.
Método Billings
O método Billings vem complementar o método Shettles (mobilidade dos espermatozoides, especificado acima).
Segundo o método Billings, para escolher o sexo do bebé deve-se ter relações sexuais na altura em que o muco cervical apresenta determinadas características relacionadas com o aspeto e a espessura.
Sendo assim, se se pretender ter um menino deve-se esperar ter relações sexuais até uma altura muito próxima da ovulação , quando o muco é límpido e fino. Por outro lado, para ter uma menina, deve-se ter relações sexuais antes da ovulação, na altura em que o muco apresenta-se mais espesso e pegajoso.
Segundo um estudo africano, cuja fonte não conseguimos obter, este método obterá uma taxa de sucesso de 95%.
Como dissemos acima, não há certezas que estes métodos funcionem. Não custa nada usá-los de qualquer forma. Mas o importante é não esquecer que a possibilidade de ter um menino ou menina é de 50-50.