O consumo de álcool na gravidez é totalmente desaconselhado pelas consequências que dai podem advir para o desenvolvimento fetal. O organismo do bebé não dispõe dos filtros necessários para eliminar as substâncias alcoólicas e o seu consumo também pode estar na origem de malformações.
Álcool na gravidez
Na gravidez, o álcool ingerido pela mãe passa rapidamente para o feto do bebé uma vez que não é filtrado pela placenta. De acordo com estudos realizados, os efeitos negativos do álcool sobre o feto foram demonstrados com um copo de vinho por dia.
Assim, não existe nenhum limite conhecido abaixo do qual a segurança do bebé seja conhecido. Perante esta evidência, a recomendação é de abdicar de qualquer consumo durante a gravidez.
Efeitos do consumo de álcool no desenvolvimento fetal
O consumo excessivo de álcool durante a gravidez (quantidades superiores a 40 gramas / dia) está associado a um padrão de anomalias fetais designado como “Síndroma Fetal Alcoólico” que se caracteriza pelo atraso de crescimento fetal ou pós natal, anomalias craniofaciais, microcefalias, anomalias comportamentais e atraso mental.
Os efeitos prejudiciais do consumo de álcool para o correto desenvolvimento do bebé ocorrem especialmente no 1º trimestre da gravidez, fase em que se regista a divisão das células do sistema nervoso (neuroblastos). No entanto, o desenvolvimento do cérebro contínua vulnerável mesmo depois desse período.
Para além de comprometer o normal desenvolvimento da capacidade mental, o consumo de álcool potencia a ocorrência de inúmeras anomalias fetais como:
- Encurtamento das fissuras palpebrais;
- Nariz com osso curto, nariz estreito;
- Pregas epicanticas (a pálpebra superior é deslocada para o canto interno do olho);
- Micrognatia (mandíbula subdimensionada);
- Aumento da incidência de fenda-labial ou palatina (má formação congenita que consiste na separação do lábio superior em duas partes);
- Deformações do esqueleto;
- Lesões cardíacas congénitas.