A hora da refeição é um momento para viver em família. Também os bebés, a partir da idade em que sejam capazes de se sentar na sua cadeirinha, se devem juntar aos pais e irmãos, para conviver e partilhar as rotinas familiares.
Manter a televisão ligada à hora de comer, distrai as crianças do essencial: da comida e da oportunidade de falar e ouvir a sua família. Para a maior parte das famílias, o jantar é a única hora do dia onde podem contar as novidades e quando tomam as principais decisões que afetam a todos.
Paralelamente, é inegável que as refeições principais são um ritual social. É fundamental que as crianças aprendam prematuramente as boas regras de comportamento à mesa, como manipular os talheres e aguardar que todos terminem a sua refeição para abandonar a mesa, por exemplo.
As crianças precisam de regras para se desenvolverem de forma saudável e em harmonia com os outros. Aprender a respeitar as rotinas e as regras familiares mais básicas, facilita o convívio e a empatia familiar e estabelece na criança conceitos de respeito e de consideração pelo outro.
Por vezes, quando as crianças se recusam a comer, os pais experimentam todas as estratégias para que abram a boca só para mais uma colherada.
Deixar os filhos a comer em frente à televisão transforma-se num hábito. No entanto, e a muito curto prazo, este comportamento não trará bons resultados. De exceção, passa a regra que, depois de assumida, é muito penosa de eliminar. Levar a criança de volta à mesa pode torna-se num verdadeiro desafio! Os primeiros dias poderão ser complicados e exigir uma dose extra de paciência, mas a criança rapidamente percebe que terá que comer, mais cedo ou mais tarde.
A televisão deve ser relegada para momentos específicos, depois de terminar a refeição, por exemplo. Para além disso, é importante que a criança compreenda o valor da refeição. A comida é uma fonte de energia que lhe permite viver o dia a dia saudável e crescer.
Como em todos os comportamentos assumidos ao longo da vida, e na educação que damos aos nossos filhos, deverá haver coerência e transmissão de valores que os ajudarão a viver de forma plena e em equilíbrio consigo e com o outro.