Meningite é um termo genérico para uma doença cujas causas são várias, o tratamento difere de acordo com o agente. O prognóstico é, na maioria das vezes, favorável e evolui para a cura, podendo no entanto subsistir algumas sequelas.
A meningite é uma infeção da meninge (“membranas” que envolvem o cérebro). A doença é mais frequente em crianças com menos de 5 anos, com um pico de incidência no primeiro ano de vida.
90% dos portadores sãos desenvolvem anticorpos protetores contra a estirpe de que são portadores e, por imunização cruzada, 80% deles desenvolvem anticorpos, pelo menos em relação a uma das outras estirpes. Por esse motivo, a maior parte dos adultos que esteve em contacto com o meningococo possui anticorpos que asseguram a sua proteção contra as estirpes mais frequentes no seu meio.
Apesar de existir vacina para a meningite, quando surge é uma doença que precisa de vigilância médica. Normalmente, a criança fica em descanso, não deve ir à escola e deve evitar-se o contacto com outras pessoas durante 24-48 horas (período de transmissibilidade).
Se o seu filho tiver menos do que 6 anos e contactar com um adulto doente, em casa ou na escola, por exemplo, deve ficar sob vigilância. Se apresentar febre, quer esteja ou não imunizado contra o Hib, deve consultar rapidamente o seu médico.
Principais sintomas
Os sintomas variam de acordo com a idade da criança e, infelizmente, não são específicos, ou seja há muitas outras doenças que se podem apresentar de forma semelhante. De qualquer forma, os pais devem estar atentos quando a criança tem febre alta, está apática, sonolenta ou irritada, com gemido ou choro agudo. Nos mais pequenos um sintoma muito importante é o “inchaço” da fontanela, a vulgarmente chamada “moleirinha”. Devemos também estar atentos a manchas arrocheadas na pele, que surgem no contexto da febre.
Fonte de infeção
O reservatório da Neisseria meningitidis, e o foco a partir do qual se propaga, é a orofaringe humana dos doentes e portadores sãos, sendo estes últimos a principal fonte de infeção. A colonização assintomática da árvore respiratória superior é frequente, com alguns estudos referindo taxas de portadores próximas de 10% no grupo 0-14 anos, que atingem 30% no grupo 15-20 anos e que diminuem após estas idades.
Período de incubação
Oscila entre 1 e 10 dias, mas, em geral, não ultrapassa os 4 dias.
Via de transmissão
A transmissão faz-se, fundamentalmente, através das gotículas e secreções rinofaríngeas e é favorecida pela tosse, pelos espirros, pelos beijos e pela proximidade física.
Período de transmissão
Persiste até que o meningococo desapareça da rinofaringe. Em geral, o contágio deixa de existir 24 horas após o início de terapêutica eficaz.
Como prevenir a doença?
Só a vacinação permite prevenir a criança de alguns dos agentes causadores de meningite.
As infeções meningocócicas invasivas podem apresentar sequelas neurológicas graves. No entanto, as taxas de letalidade, que antes excediam os 50%, apresentam, atualmente, valores inferiores a 10%, graças a diagnósticos mais precoces e terapêuticas mais eficazes.