Iniciar a diversificação alimentar do bebé é uma fase marcante para os pais e para os bebés. Como cada bebé é único, a introdução de novos alimentos na dieta do bebé deve ser acompanhada pelo pediatra.
A alimentação infantil é muito mais do que simplesmente introduzir novos alimentos na dieta do bebé: o peso duplica em 5 meses e o cérebro triplica no primeiro ano. Todo este intenso desenvolvimento exige um aporte adequado de nutrientes.
Iniciar a diversificação alimentar
Uma alimentação saudável implica estar bem informado, conhecer as necessidades nutricionais de cada fase do crescimento, considerar a atividade física e condições ambientais onde a criança, e toda a família, se inserem mas, também, valorizar a diversidade, a simplicidade e segurança na confeção e os alimentos naturais.
Do ponto de vista nutricional, os primeiros meses e anos de vida são etapas delicadas que condicionam a forma como a criança cresce e se desenvolve física e socialmente, para além de poder contribuir para problemas de saúde mais tarde como a obesidade, a diabetes ou as doenças cardiovasculares.
É no contacto inicial com os primeiros alimentos que a criança define as suas preferências, escolhe os sabores que mais lhe agradam e começa a estabelecer um padrão alimentar que a acompanhará por toda a vida.
A introdução de novos alimentos na dieta do bebé
A introdução dos alimentos semi-sólidos e sólidos na dieta do bebé levanta muitas dúvidas e questões sobre que alimentos introduzir primeiro, a que ritmo e o que fazer quando o bebé recusa os alimentos, por exemplo.
As consultas de rotina com o pediatra constituem uma altura ideal para conversar sobre a alimentação do bebé e para definir estratégias que a vão ajudar a ultrapassar algumas dificuldades e a encarar esta nova fase tão importante da vida do seu bebé com confiança.
Alguns temas de conversa
1. O que envolve esta nova etapa do desenvolvimento do bebé e o papel que a alimentação desempenha no crescimento (físico, psíquico, comportamental e social) nos primeiros anos de vida.
2. Obter informação sobre quando, como e quais os alimentos a introduzir. Apesar da muita informação disponível e das diretivas de várias organizações internacionais sobre a alimentação infantil, cada bebé tem as suas próprias necessidades.
3. Definir novas rotinas, horários, número de refeições e como manter o aleitamento materno (recomendado até aos 2 anos de idade ou mais).
4. Preparar uma tabela específica de refeições para o seu bebé. Uma vez que a frequência com que os alimentos complementares devem ser oferecidos às crianças varia de acordo com a densidade energética dos alimentos é importante definir as quantidades e os alimentos a introduzir.
5. Tirar dúvidas sobre a preparação das primeiras refeições.
6. Definir estratégias para lidar com as recusas de certos alimentos ou outras dificuldades na alimentação.
7. Conhecer as principais fontes de ferro, cálcio, fósforo, proteínas, sais minerais e vitaminas.
8. Determinar a eventual necessidade de suplementação de ferro ou de outros micronutrientes.
9. Conversar sobre as regras de alimentação saudável e os alimentos a evitar (como açúcar, bolos, chocolates, refrigerantes, fritos ou sal, por exemplo) ou a introduzir mais tarde.
10. Conhecer os fatores de risco para o desenvolvimento da obesidade infantil.
11. Conversar sobre peso do bebé e as tabelas do índice de massa corporal.
12. Conversar sobre como envolver gradualmente o bebé nas refeições da família.
13. Saber como promover um estilo de vida saudável de acordo com a fase de desenvolvimento da criança.
14. Obter informação sobre as técnicas de desmame, se não tiver oportunidade de continuar a amamentar.
15. Conversar sobre o sono e a alimentação noturna.