Porque é tão importante a sopa na alimentação infantil?
A sopa, devido ao seu elevado teor em fibra e em água, promove a saciedade, evitando o consumo excessivo do prato principal.
De forma adicional é também um alimento nutricionalmente muito rico, pobre em gordura e com um baixo valor energético, isto é, poucas calorias.
Assim se percebe o peso e os benefícios que a sopa tem numa alimentação saudável e particularmente nos casos de excesso de peso e obesidade infantil.
Adicionalmente o consumo de sopa contribui para o aporte hídrico (de água) necessário ao longo do dia (nem sempre é fácil fazer com que as crianças bebam água) e também para um melhor funcionamento intestinal.
Nutrientes e propriedades dos alimentos que normalmente são a base de uma sopa
Batata
A batata é um alimento frequente incluído nas sopas, essencialmente para lhe conferir uma textura mais espessa. Esta propriedade da batata vem do seu extraordinário conteúdo em amido (que corresponde quase à totalidade de hidratos de carbono existentes na batata). Adicionalmente é rica em potássio, sendo também uma fonte moderada de vitamina C.
Cenoura
Na cenoura, mais do que qualquer outro nutriente, destaca-se a vitamina A que é importante para o sistema imunológico, ou seja, para defesa do organismo contra infeções, para a síntese de rodopsina, uma proteína existente no olho e necessária para a visão noturna e também para a proteção da nossa pele contra a radiação.
Abóbora
A abóbora, para além de ser um excelente fornecedor de vitamina A, a mesma vitamina que encontramos, por exemplo, na cenoura, é também rica em vitamina C e em compostos fenólicos, substâncias produzidas pelas plantas em resposta a agressões que têm, como tal, uma função protetora.
Curgete
Na curgete, e tal como nos restantes hortícolas, destaca-se o conteúdo em água, fibras e micronutrientes. Destes podemos referir a vitamina C e o magnésio. Ao valor nutricional da curgete, acresce ainda a sua grande versatilidade, que lhe permite entrar nas mais diversas preparações (sopas, pratos, saladas e até sobremesas).
Cebola
Para além de ser a uma forma por excelência de dar sabor aos seus cozinhados, a cebola apresenta outros benefícios decorrentes do seu conteúdo em flavonoides e em compostos organossulfurados. A cebola tem sido associada a uma melhor saúde óssea nas mulheres, bem como a um papel protetor relativamente à doença cardiovascular e a alguns tipos de cancro.
Alho
O alho tem sido considerado, ao longo da história, um alimento com elevada capacidade medicinal. Efetivamente, e embora consumido em pequenas quantidades, o alho é rico em vitamina C, cálcio, selénio e também num composto organossulfurado chamado alicina, que tanto é responsável pelo seu cheiro como também por inúmero benefícios para a saúde (propriedades antibacterianas, diminuição da pressão arterial e diminuição do colesterol).
Couve lombarda
A couve lombarda é uma excelente fonte de fibra, com benefícios para a função gastrointestinal e também de micronutrientes, como as vitaminas C e A e também o cálcio.
O cálcio, geralmente erradamente associado apenas aos lacticínios, tem também como excelentes fornecedores os hortícolas folhosos verdes escuros, como o caso da couve lombarda e de outras couves (couve-galega).
Azeite
É uma fonte de ácidos gordos monoinsaturados, sendo que, dentro das quantidades recomendadas, a gordura também faz parte de uma alimentação saudável, tendo benefícios na produção de energia e transporte de vitaminas.
Contudo, para além da gordura, o azeite contém outros nutrientes e benefícios destacando-se o seu perfil antioxidante, protetor da doença cardiovascular, resultante do conteúdo em vitamina E, carotenos e compostos fenólicos.
Leia também
- As primeiras sopas do bebé
- 10 Passos para uma alimentação infantil saudável
- 12 Sugestões para os primeiros purés
Bibliografia
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