O conceito de “idades limite” ou “idades chave” no desenvolvimento infantil significa a idade em que a grande maioria das crianças já atingiram determinada etapa.
No livro “O livro dos pais”, o pediatra Paulo Oom explica “Apesar da sequência do desenvolvimento infantil ser globalmente idêntica, a velocidade com que são atingidas determinadas etapas pode variar de criança para criança. Este é um dos factos que mais alarma (tantas vezes sem razão) os pais.
Vejamos, por exemplo, o andar. Um quarto das crianças consegue andar sozinhas por volta dos 11 meses. Cerca de metade já o consegue fazer aos 12 meses e 75 por cento com 13 meses. Ou seja, a maioria das crianças consegue andar sem apoio a partir dos 13 meses embora existam ainda algumas (normais) que só o fazem mais tarde. No outro extremo, cerca de 97 por cento das crianças já anda aos 18 meses.
Os 18 meses representam assim a “idade limite” para o andar independente e uma criança que não consiga andar nesta altura deve ser cuidadosamente estudada. Este exemplo ilustra bem a diferença entre “média” (em média as crianças andam com 12 meses), “maioria” (a maioria das crianças já anda aos 13 meses) e “normal” (pode ser normal uma criança só andar aos 18 meses).
A noção de “idade limite” é muito importante no desenvolvimento infantil. Significa a idade em que quase todas as crianças já atingiram determinada etapa e exige que, caso isso não se verifique, a criança seja estudada mais pormenorizadamente.”
O que são as “idades-limite” do desenvolvimento infantil?
Recém-nascido
- Reage quando ouve sons, virando a cabeça para o local de onde vem o som;
- Imita vários sons e contrai a boca quando a mãe fala;
- Mantém as mãos bens fechadas a maior parte do tempo devido ao reflexo de preensão;
- Quando se assusta, abre muito as mãos em consequência do reflexo de Moro.
saber mais sobre as competências do recém-nascido
Bebé aos 2 meses
- As mãos estão quase sempre abertas;
- Fixa o olhar e segue com o olhar os objetos na horizontal ou o rosto da mãe;
- Quando colocado sobre a barriga, tenta levantar o queixo;
- Mexe ativamente a cabeça e vira-a de um lado para o outro quando deitado de costas.
saber mais sobre as competências do bebé aos 2 meses
Bebé aos 3 meses
- Segura um objeto que lhe seja colocado na palma da mão;
- Adquire um grande controlo sobre os movimentos da cabeça;
- Consegue permanecer sentado agarrado pelas mãos;
- Sorri de forma voluntária.
saber mais sobre as competências do bebé aos 3 meses
Bebé aos 6 meses
- Localiza a origem de sons distantes;
- Reage quando ouve o seu nome;
- Começa a perceber o “não“;
- Segurar voluntariamente um brinquedo utilizando a palma da mão;
- Permanece sentado com apoio mas por pouco tempo.
saber mais sobre as competências do bebé aos 6 meses
Bebé aos 9 meses
- Palra com monossílabos e imita muitos sons do adulto;
- Começa a pegar nos objetos utilizando também o polegar;
- Senta-se sozinho e sem qualquer tipo de apoio;
- Começa a gatinhar;
- Leva a comida à boca.
saber mais sobre as competências do bebé aos 9 meses
Bebé aos 11 meses
- Manifesta carinho com abraços e mimos principalmente pelos pais;
- Senta-se sem ajuda e por iniciativa própria;
- Domina alguns movimentos finos, como a pinça com os dedos e o polegar;
- Ajuda a vestir-se, dando a mão ou o pé.
saber mais sobre as competências do bebé aos 11 meses
Bebé aos 12 meses
- Reconhece o nome sem dificuldade;
- Compreende ordens simples e expressa o “não” com a cabeça;
- Palra e tenta imitar palavras;
- Bate palmas;
- Segura num copo com as duas mãos.
saber mais sobre as competências do bebé aos 12 meses
Criança aos 18 meses
- Anda de modo independente;
- Responde a ordens simples como “abre a boca”;
- Começa a adquirir o controlo voluntário dos esfíncteres;
- Raramente cai ao caminhar;
- É capaz de chutar uma bola que lhe atiram em direção aos pés;
- Diz palavras com significado.
saber mais sobre as competências da criança aos 18 meses
Aqui apresentam-se as competências esperadas de uma criança numa determinada idade. No entanto, pode estar mais avançada em algumas áreas e menos noutras, sem que isso represente motivo de preocupação ou algum sinal de atraso de desenvolvimento. Esta informação é apenas um guia para os ajudar a decidir o que fazer para estimular e ajudar o vosso filho a crescer saudável, feliz e com vontade de aprender.