Dos 9 aos 12 meses o bebé experiência uma fase única de crescimento e mudança, particularmente caracterizada por um aumento na sua autonomia e desenvolvimento das suas capacidades.
Dentro destas, destaca-se uma maior da coordenação entre o olhar e os movimentos que, aliada ao apurado sentido de descoberta, remete o momento da refeição para um momento de aprendizagem e de crescimento, onde se inclui a frequente tentativa de se alimentarem sozinhas.
Os alimentos assumem assim uma parte muito importante do quotidiano da criança, tornando-se também essenciais no processo de desenvolvimento e aprendizagem.
É como tal importante que apoie a criança nas suas tentativas para comer sozinha, mesmo que nos primeiros tempos isso implique um trabalho redobrado para a família.
Quanto mais a criança testar, mais rapidamente aprenderá e se tornará independente e mais se familiarizará com os próprios alimentos.
Complementarmente deve deixar que a criança toque nos alimentos e que os conheça na sua forma natural; isto é, mesmo que prepare um puré de maçã para o bebé, deixe-o ver, tocar e cheirar a maçã em natureza.
Outro ponto importante é educar a criança para o contexto social da alimentação, sendo que para tal deve procurar que a criança tenha o seu lugar à mesa nas refeições familiares e também utensílios semelhantes aos adultos (prato, talheres, copo – em vez do biberão), ainda que apropriados para a idade.
Lembre-se ainda que é importante continuar a introduzir alimentos com texturas progressivamente mais duras/granulosas para promover novos estímulos, permitir o desenvolvimento da mandíbula e maxilares e evitar recusas futuras (por exemplo a frequente recusa de uma sopa que não seja totalmente passada).
Ainda neste ponto é essencial que continue a proporcionar diversidade alimentar (diferentes alimentos e formas de confeção, diferentes cores, consistências e sabores), essencial e conducente à criação de hábitos alimentares saudáveis.
Por fim importa reforçar que:
- Numa fase marcada pela descoberta, observação e aprendizagem, o exemplo assume o papel fulcral. Assim, para que a criança adquira hábitos alimentares saudáveis, a família, e em particular os pais, devem sempre ser o melhor modelo possível.
- Não existem regras rígidas e absolutas, pelo que deve ter as características da criança como fator determinante e aconselhar-se sempre com o seu médico ou nutricionista.