A realização de ecografias na gravidez pode revelar o desaparecimento de um dos fetos, que é absorvido ou expelido pelo útero, e aquele(s) que permanece(m) e continua(m) a crescer. Este fenómeno é chamado de Síndrome do Gémeo Desvanecido ou Síndrome do Gémeo Desaparecido.
Desde o momento da conceção, todos os embriões humanos iniciam uma evolução que dura 40 incríveis semanas.
A tecnologia moderna de que dispomos hoje em dia permite-nos espreitar a privacidade do útero materno e acompanhar o desenvolvimento embrionário e fetal com grande detalhe.
Um óvulo e um espermatozoide. Encontram-se e fundem-se. Dão origem a um minúsculo embrião que embarca numa viagem cheia de aventuras.
Em apenas algumas semanas, o embrião transforma-se num feto, ou seja, num ser humano completamente formado, mas em ponto pequeno. Chegado a esta fase do desenvolvimento, no início do 2º trimestre da gestação, resta-lhe crescer, engordar e aperfeiçoar todos os seus sistemas orgânicos.
Síndrome do gémeo desaparecido
E se jornada for de dois, três ou quatro bebés? E se estiver grávida de gémeos? Como interagem entre si antes de nascer e como continua essa relação depois do nascimento?
A formação do vínculo entre irmãos gémeos no ventre
Numa gravidez múltipla, os irmãos lutam pelo oxigénio e nutrientes. Cada um procura obter os elementos necessários ao seu desenvolvimento. Mas também brincam, empurram, dão as mãos, tocam-se, esticam pernas e braços e procuram manter o seu espaço no útero.
Assim, ainda no ventre, os gémeos moldam as suas relações e comportamentos que, muito provavelmente, definirão a sua personalidade futura. Segundo os pesquisadores, os comportamentos pré-natais, sejam eles agressivos ou submissos, podem continuar após o nascimento e caracterizar as relações entre irmãos por muitos anos.
Síndrome do gémeo desaparecido
A vigilância da gravidez, com a realização de ecografias, também pode revelar o desaparecimento de um dos fetos, que é absorvido ou expelido pelo útero, e aquele(s) que permanece(m) e continua(m) a crescer.
Este fenómeno é chamado de Síndrome do Gémeo Desvanecido ou Síndrome do Gémeo Desaparecido. Alguns pesquisadores especulam que este fenómeno ocorre com maior frequência do que se supõe e que o bebé que se desenvolve é um sobrevivente de um par ou grupo de embriões que não conseguem sobreviver.
Para alguns investigadores, perder um irmão no ventre pode representar um trauma psicológico para o irmão sobrevivente devido ao vínculo precoce que se estabelece entre os irmãos gémeos no útero.
Para o gémeo que sobrevive, a perda é real e pode ter consequências na sua infância ou na vida adulta. Sensação de perda, angústia, sentimento de perda, insatisfação, medo de abandono, nostalgia são alguns dos sentimentos vividos e que se podem manifestar durante toda a vida sem uma explicação fácil de estabelecer.
Para a mãe ou obstetra, a perda do bebé pode nunca ser detetada por acontecer numa fase inicial da gravidez, antes da realização da ecografia do 1º trimestre, altura em que são confirmados o número de sacos gestacionais, placentas e embriões.
Acompanhe o desenvolvimento do seu bebé semana a semana.
Utilize a nossa calculadora da gravidez para calcular a idade da sua gravidez e descobrir a data provável para o parto.