O terror noturno é uma perturbação do sono relativamente comum em crianças, embora possa também surgir em idade adulta. Saiba como ajudar a criança a lidar com o terror noturno.
Ajudar a criança a lidar com o terror noturno
Muitas vezes, os terrores noturnos são confundidos com sonambulismo ou pesadelos, embora a sua manifestação seja relativamente diferente e o seu aparecimento aconteça também em fases diferentes do sono.
É uma perturbação que causa um mal-estar premente quer à criança, quer à família, que ao experienciar o seu “rebento” a ter um episódio destes ficará, com certeza, com dificuldades em descansar nas noites seguintes.
Como ajudar a criança a lidar com o terror noturno?
Os terrores noturnos tendem a desaparecer com a idade e hoje em dia ainda não existe um consenso sobre as causas do seu aparecimento.
No entanto, pais e restantes cuidadores podem exercer alguma influência em fatores que se pensam como protetores para a manifestação este tipo de perturbação:
1. Instabilidade emocional
Em primeira análise, é importante que os cuidadores analisem se a criança está, de facto numa situação emocional instável (se está preocupada com alguma coisa, por exemplo) e se tem descansado bem nos últimos tempos.
Lembre-se que dormir muito não é dormir bem. É importante que esteja atento se a criança acorda muitas vezes durante a noite, ou se tem muitos pesadelos.
2. Alimentação e rotinas saudáveis
Proteger a criança de alimentação que seja estimulante (refrigerantes, doces), ter uma rotina bem delineada como espaço para brincar, descansar e estudar, são também muito importantes.
3. Cuidados ergonómicos
Durante o ataque pouco se pode fazer. Alguns especialistas recomendam que não se tente sequer tentar acordar a criança, uma vez que pode piorar o episódio que, mesmo que a criança esteja com os olhos abertos pode não reconhecer os familiares.
Proteger o espaço, valorizando uma ergonomia onde a criança (no caso de deambular pela casa) não se magoe em móveis e esquinas, assim como a proteção de objetos que esta possa pegar e se ferir são importantes precauções para ajudar uma criança com esta perturbação.
Lembre-se que estes ataques têm uma duração curta, sendo que raramente ultrapassam os 10 minutos. Após este período a criança provavelmente irá adormecer normalmente e pouco ou nada se lembrará do episódio.
Estar com a criança no momento do terror noturno sem intervir, mas prevenindo que esta se magoe, pode ser a melhor maneira de a ajudar.
Os terrores tendem a desaparecer com a idade. No caso desta perturbação, procurar aconselhamento profissional pode ser necessário caso o grau dos sintomas e a sua frequência seja muito elevado.