A proposta do babywearing é facilitar a vida dos pais enquanto fortalecem a conexão com o bebé. Ao escolher o porta-bebés ideal, é possível carregar o pequenino junto ao peito enquanto faz compras, arruma a casa ou faz uma caminhada.
A proximidade com quem carrega e o movimento são relaxantes para o bebé, que pode fazer sestas ou ver o mundo numa posição privilegiada. Nos primeiros meses, o babywearing é uma das diversas estratégias da exterogestação, pois proporciona ao bebé todo o contacto que precisa para sentir-se seguro enquanto faz a adaptação ao mundo fora da barriga da mãe.
Tipos de porta-bebés
Quem opta por usar um porta-bebés encontra diferentes tipos à venda no mercado. Além de procurar marcas confiáveis, que utilizem materiais adequados nos seus produtos, é importante escolher um modelo que esteja adequado às necessidades da família e ao bebé que será carregado.
Enquanto alguns porta-bebés podem ser usados desde o nascimento, outros são recomendados apenas a partir de determinada idade para respeitar o desenvolvimento e a ergonomia do bebé. Para fazer a melhor escolha possível, convém saber um pouco mais sobre cada modelo.
Mochila ergonómica
Um dos pontos fortes da mochila ergonómica é a sua praticidade. Pode ser colocada e ajustada em poucos segundos com o auxílio das alças e fivelas. Diferente do marsúpio, a mochila forma um assento para que o bebé fique sentado, com as pernas em “M” e não pendurado.
A posição das pernas faz toda a diferença, pois, além de ser mais confortável, não pressiona a coluna do bebé. O painel da mochila suporta e acompanha o formato natural das costas, em “C”. Os bebés mais pequenos precisam usar redutores que não forcem a abertura das pernas.
A principal desvantagem da mochila é que a sua estrutura pode torná-la incómoda em dias mais quentes. Para amenizar esse desconforto, deve vestir o bebé com roupas mais frescas de tecidos respiráveis.
Mei-tai
O mei-tai (ou Meh Dai) assemelha-se à mochila ergonómica por conta do painel estruturado e da presença de fivelas, em alguns casos. No entanto, as alças normalmente são feitas de tecido e permitem o ajuste.
Para recém-nascidos, esse tipo de porta-bebés é mais simples de ajustar de forma a respeitar a ergonomia. O material também torna o carregador mais fresco para ser utilizado no Verão.
Sling de argolas
O sling de argolas é considerado um dos porta-bebés mais versáteis, podendo ser usado desde o nascimento até quando o bebé for maior e mais pesado.
Formado por uma faixa de tecido e duas argolas para o ajuste, permite carregar de diferentes formas: à frente e na anca, uma ótima posição para bebés que já sentam sozinhos.
Como o apoio do sling de argolas é apenas num ombro, quanto maior for o bebé, mais desconfortável pode ser carregá-lo durante muito tempo. Nesse caso, o porta-bebés pode ser uma opção para passeios curtos ou outros deslocamentos de poucos minutos.
Pouch sling
Assim como o sling de argolas, o pouch sling também é composto por uma faixa de tecido, com apoio num ombro. A diferença é que este modelo não tem argolas e não é ajustável, o que facilita a sua rápida colocação, seja na rua ou em casa.
A falta de ajustes, porém, limita o uso do pouch slings a bebés maiores de 6 meses ou que já se conseguem sentar sozinhos. Os bebés devem ser sempre transportados na vertical e nunca deitados, pois há risco de sufocamento.
Wrap sling
O wrap sling é, nada mais, que uma faixa de tecido que pode ter mais de 4 metros. São as diferentes amarrações que permitem que o bebé fique seguro e confortável junto a quem o carrega.
Existem wrap slings elásticos, semi-elásticos e não-elásticos. Os panos semi-elásticos e elásticos, como o próprio nome já diz, possuem um grau de elasticidade e cedem conforme o peso do bebé. Entre os 8 e 10kg, os portes tornam-se mais complicados, pois o bebé descai com facilidade.
Já os não-elásticos, também conhecidos como woven, não possuem essa característica, podendo ser usados sem qualquer limite de peso e/ou idade. No entanto, por serem um pouco mais rígidos, exigem mais paciência de quem carrega na hora de aprender e ajustar.
O que levar em conta ao escolher um porta-bebés
O objetivo dos porta-bebés é trazer mais praticidade e não complicar a vida dos pais e cuidadores. Portanto, convém escolher um modelo que vá de encontro ao seu momento, expectativas e que também seja adequado ao bebé que tem em casa.
Antes de comprar, leve em consideração as seguintes questões:
- Em que situações penso usar o meu porta-bebé?
- Qual a idade e o peso do meu bebé neste momento?
- Quanto posso investir?
- Prefiro algo mais prático ou que me permita fazer diferentes ajustes?