E o pequeno-almoço, tanto para o adulto como para a criança, após inúmeras horas de jejum é sem dúvida a refeição mais importante do dia, pois fornece a energia necessária para o começo de um novo dia.
Durante as horas de sono apenas usamos a nossa energia para a manutenção das funções básicas do organismo, pelo que é muito importante fazer esta refeição para repor estes níveis energéticos e assim melhorar o rendimento cognitivo e concentração, evitar a fraqueza ao final da manhã e reduzir o apetite para o almoço, contribuindo para uma distribuição alimentar e calórica mais saudável e equilibrada ao longo do dia.
Desta forma, uma criança que omita o pequeno-almoço com certeza não terá a mesma concentração, paciência, facilidade de raciocínio, disposição e humor que uma outra que tenha ingerido um bom pequeno-almoço. Além disso, devido ao rápido crescimento e desenvolvimento das crianças e adolescentes, estas não devem de todo ser privados desta refeição considerada imprescindível. Devemos, desde cedo, incutir os nossos filhos a tomarem o pequeno-almoço de forma saudável e a nunca saírem de casa sem esta refeição.
É como frequência que ouvimos desculpas para a não toma do pequeno-almoço, sendo as mais frequentes “não tenho fome quando acordo” ou “não tenho tempo”… Contudo é fundamental criar o hábito matinal de reservar cinco minutos da agenda diária para esta refeição. Se o seu filho refere não ter apetite ou não conseguir comer logo após acordar, não deve forçar.
Por sua vez deve estimular gradualmente o apetite de uma forma diária e iniciando estas refeições por alimentos de fácil digestão, que goste e em pequenas quantidades. Quando o hábito estiver criado aumenta gradualmente a quantidade.
Enquanto o pequeno-almoço não é tomado nas quantidades adequadas devemos reforçar a lancheira das crianças para o meio da manhã de maneira a que esta refeição complete as necessidades energéticas requeridas. Colocarmos na lanceira alimentos como um pão com queijo/fiambre e uma peça de fruta ou 1 pacote de leite simples ou um iogurte, são boas opções neste último caso.
Será escusado forçar o seu filho a tomar esta refeição se realmente ele não conseguir de todo comer em casa. Para combater esta falha comece por preparar a lancheira para que assim que ele chegue à escola (antes do inicio das aulas) possa ingerir esta refeição e tenha toda a energia necessária para o início de um novo dia de aprendizagem.
Outro aspeto que considero relevante é a toma do pequeno-almoço ser feita em casa e não no café/pastelaria, pois as “tentações” são muito maiores e normalmente desequilibradas do ponto de vista nutricional, além de serem muito mais caras.
Estratégias para incentivar o seu filho a tomar o pequeno-almoço
- Seja um Modelo: tome juntamente com o seu filho o pequeno-almoço;
- Faça pequenos-almoços simples: mantenha sempre os alimentos desta refeição visíveis e prepare juntamente com o seu filho um pequeno-almoço simples mas completo;
- Eviter a monotonia: permita que a variedade estimule a toma desta refeição, tenha cereais de pequeno-almoço, pão, bolachas maria/água e sal/tostas, leite e iogurtes, fruta, queijo e fiambre.
Pequenos-almoços equilibrados:
- 1 iogurte liquido + 1 peça de fruta aos pedaços + 1 mão de cereais não açucarados
- 1 pão de mistura + 1 fatia de queijo + 1 chávena de leite simples
- batido constituído por 1 peça de fruta e 150m de leite meio gordo + 1 pão de cereais com 1 fatia de fiambre magro
- 1 peça de fruta ou 1 sumo de fruta natural + 1 pão integral + ½ queijo fresco
Por fim, gostaria de os colocar a refletir, referindo que o pequeno-almoço pode sem dúvida ser um bom pretexto para começar o dia em família e até em muitas casos ser a única refeição semanal que partilha com os seus filhos!