A intervenção precoce é entendida como sendo as experiências e as oportunidades disponibilizadas às crianças em idade pré-escolar pelos seus pais e outros prestadores de cuidados primários, que têm como objetivo promover a aquisição e utilização de competências comportamentais por parte das crianças, de forma a modelar e influenciar as suas interações com pessoas e objetos (Bruder, 2010a; Dunst, 2007).
No mesmo sentido, Dunst e Trivette (2009) definem o conceito de intervenção precoce conjuntamente com o apoio familiar, definindo-o como sendo a disponibilização ou mobilização de apoios e recursos às famílias de crianças pequenas, provenientes de membros da rede social informal e formal da família, que podem direta ou indiretamente influenciar e melhorar o funcionamento e o comportamento da família e da criança.
A criança não é um elemento somente recetor das características do meio, mas também influenciadora da construção desse meio. A intervenção junto dos contextos de pertença da criança (em casa, no jardim infantil, outros) que vise proporcionar interações de melhor qualidade entre a criança e o ambiente apresenta-se como um fator potenciador do desenvolvimento infantil e, devido à transação constante da criança com o ambiente, o próprio ambiente e seus intervenientes também saem enriquecidos. Ou seja, é um ciclo ininterrupto de transações, que que o tempo passa vai capacitando consecutivamente a criança e o contexto.