Este pequeno conto por nós recontado é perfeito para os miúdos repleta de brilho e magia.
A lenda da árvore de Natal pretende explicar a origem da árvore de Natal que normalmente enfeitamos nesta quadra. No entanto, mesmo não sendo verdade (pois é lenda), é de derreter qualquer coração!
É ainda uma belíssima forma de demonstrar que o homem pode viver em harmonia com a natureza e que esta o pode proteger. A vida de um rapaz é salva graças à proteção que lhe oferece uma árvore.
A lenda da árvore de Natal
Era uma vez um rapaz que vivia num país do norte, onde cai neve durante muitos meses. Numa véspera de Natal, o rapaz foi apanhar lenha à floresta.
Como as árvores e a natureza estavam cobertos com um manto espesso e fofo de neve, a floresta parecia mágica. Dos abetos pendiam cristais de gelo que com o sol brilhavam intensamente. O rapaz, fascinado, ia admirando toda a beleza à sua volta enquanto caminhava.
Depois de algum tempo, perdeu a noção de onde se encontrava. Começava a anoitecer e o frio voltava a apertar. A dada altura ficou tão escuro que se tornava impossível ver o caminho. Por isso, decidiu procurar um lugar para passar a noite ali na floresta.
A árvore protetora
Depois de procurar um sítio para passar a noite, decidiu abrigar-se debaixo de um enorme pinheiro. Apesar do frio que apertava, como o rapaz estava cansado, enroscou-se e adormeceu rapidamente.
O pinheiro, ao ver o rapaz tão encolhido numa noite tão fria, sentiu pena dele. Decidiu, então, baixar os seus ramos de forma a tapá-lo como se fosse um cobertor quentinho. As raízes que estavam cobertas de neve, subiu-as, revelando um musgo muito suave que amparou a cabeça e corpo do rapaz.
Assim, o nosso pequeno herói dormiu um longo sono tranquilo e resguardado do frio, com sonhos alegres de Natal, sob a proteção do pinheiro amigo.
O pinheiro, este, velou o sono da criança durante toda aquela noite que foi longa e fria.
O melhor dia de Natal de sempre
Ao romper da madrugada, os pais e outros aldeões que tinham passado a noite a procurar a criança, chamavam-no cada vez mais aflitos. O rapaz acordou ao ouvir as vozes que o chamavam e começou a gritar para os chamar.
Não tardou muito até um grupo de aldeões, que incluía os pais do rapaz, chegasse até ele.
A alegria que sentiam ao chegar ao rapaz que se encontravam bem, foi misturada com uma enorme surpresa. O pinheiro que abrigava o rapaz estava extraordinário, com os seus ramos verdes carregados de lindíssimos cristais de gelo!
Para assinalar a gratidão que sentiram e tentando imitar a imagem mágica do pinheiro enfeitado com cristais, os aldeões começaram, doravante, a enfeitar, todos os Natais, um pinheiro com objetos bonitos e brilhantes.