O-meu-filhofilha-vai-entrar-agora-para-a-escola-e-nao-diz-alguns-sons

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De um modo geral, podemos afirmar que as perturbações de fala podem ser fonéticas, fonológicas e fonético-fonológicas.

No primeiro caso, nas perturbações fonéticas, as dificuldades de fala podem ser causadas por variados fatores, nomeadamente alterações ao nível da configuração e oclusão dentária, do posicionamento e do movimento dos lábios e da língua.

Nestes casos, a intervenção terapêutica é fundamental, sendo frequente o encaminhamento para o médico dentista para avaliação da necessidade de correção ortodôntica (colocação de aparelho dentário).

No segundo caso, nas perturbações fonológicas, as dificuldades de fala têm uma base fonológica, ou seja, a criança pode não ter consciência de como se produz um determinado som, que esse som existe e que é parecido e diferente de outro. Isto é, a criança pode não dizer o som /z/ porque ainda não desenvolveu a consciência de que o som /z/ é diferente de /s/ e que “casa” é diferente de “caça”.

A terapia da fala é indispensável na avaliação e no acompanhamento deste tipo de dificuldades, no sentido de estimular e desenvolver estas competências que são basilares para a aprendizagem futura da leitura e da escrita.

Assim sendo, em ambas as situações, a entrada para a escola, por si só, não vai resolver totalmente as dificuldades de fala. A criança pode apresentar dificuldades em realizar a associação das letras aos sons e vice-versa, correndo também o risco de “escrever como fala”, ficando a aprendizagem da leitura e da escrita comprometida.