15 Maneiras para manter a calma com os seus filhos
Normalmente andamos numa correria, as rotinas do dia a dia, o trabalho, os problemas… e as crianças a desafiar-nos. Sentimo-nos esmagados, sobrecarregados e oprimidos e um dia a “corda rebenta”.
Nessa altura sentimo-nos justificados, tão justificados por ter um ataque de raiva que até achamos que todos têm de nos compreender, mesmo os nossos filhos.
Depois, a poeira assenta e muitas vezes ficamos a pensar que até exageramos, até nem foi assim tão grave, até nem era preciso tanto… às vezes arrependemos-nos e ficamos com remorsos, e assim descobrimos que afinal, nós é que estamos errados.
O Dr. Justin Coulson*, prestigiado investigador em parentalidade positiva, elaborou uma lista rápida e fácil com 15 maneiras para manter a calma com o seu filho.
1. Durma o suficiente
Temos sempre tendência para ser piores quando estamos mais cansados. A nossa atenção, paciência e abertura são maiores quando descansamos bem. Se se sentir nervosa, irritada e sem paciência certifique-se que está a dormir e a descansar o suficiente.
2. Escolha… rir
Eles fizeram uma asneira? Faça uma pausa, antes de se zangar. Afinal a asneira está feita. Ria-se e leve tudo para o lado divertido, não quer com isto dizer que aprova a asneira ou que não vai falar com o seu filho de seguida, mas não deixe a fúria tomar conta de si! Mesmo uma asneira “cabeluda” pode ter contornos engraçados, desdramatize e vai ver que tudo corre muito melhor.
3. Veja o mundo pelos olhos deles
Por vezes as crianças não fazem as asneira com a maldade que à primeira vista nos parece, por vezes eles nem se apercebem que estão a complicar-nos a vida. Coloque-se no lugar deles. Tente perceber o porquê e de que forma eles estão a ver a situação ou a asneira que fizeram. Vai ficar surpreendida por perceber que a intenção nunca foi enervar os pais!
4. Procure uma resposta
A maioria das crianças comporta-se de uma maneira desafiadora, por uma destas razões: fome, raiva, solidão, cansaço, stress ou doença. Quando paramos e avaliamos a razão porque eles estão a comportar-se de maneira difícil podemos ajudá-los a resolver o problema sem nos termos que zangar.
5. Seja compreensiva
Imagine que pede ao seu filho para não correr mas, mesmo assim, ele desata a correr, cai e arranha um joelho. Acha que se deve zangar, dar-lhe um sermão e pô-lo de castigo? Não! Muitas vezes o comportamento desafiador das crianças precisa de compaixão, não de castigo.
6. Morda a língua!
Muitas vezes os adultos pensam que se “deitarem” a raiva cá para fora se vão sentir melhor. Pode parecer que sim, mas não. E esta afirmação é apoiada pela ciência. Enervar-se, gritar vai só conseguir fazê-la sentir-se ainda mais irritada. E depois, se dizemos aos nossos filhos que “se não têm nada agradável a dizer que se mantenham calados”, porquê darmos o exemplo contrário?
7. Use o tempo
Por vezes é melhor dizer para si mesma: “Vou meter-me no quarto e volto quando me sentir capaz de agir como um adulto”. Claro que não poderá deixar uma criança sozinha sem supervisão, nem pode deixar os irmãos à luta. Mas só o simples facto de parar e pensar pode ajudá-la a mudar a perspetiva e a responder com a calma necessária nas circunstâncias certas.
8. Use um mantra
Repetir um mantra para si mesma pode ajudar a reduzir a raiva e a focar-se no tipo de mãe/pai que quer ser. Repita para si: “Calma e compreensão”….”Calma e compreensão”….”Calma e compreensão”….
9. Pare
Muitas vezes estamos com raiva porque nos sentimos stressados e pressionados pela responsabilidade, pelo trabalho, …. Pare, pouse o telefone, a agenda e o computador. Desligue. Foque-se exclusivamente no presente e no momento que está a viver.
10. Jogue na mesma equipa
Quando os nossos filhos são um desafio, muitas vezes vemo-los como obstáculos e problemas. Lembre-se que eles também estão a lidar com obstáculos e problemas e veja-os como pessoas que também estão a lutar. É muito mais fácil manter a calma quando vemos os nossos filhos como pessoas – a jogar na mesma equipa que nós, e tendo um momento difícil também.
11. Mantenha-se por perto
Quando se enervar e sentir que está a perder o controlo o melhor é abraçar os seus filhos firmemente. Diga-lhes o quanto os ama e o que significam para si.
12. Imagine que eles são filhos do vizinho
Temos a tendência para nos controlarmos melhor com os filhos dos outros. Não desatamos aos berros nem ameaçamos ou damos palmadas nos filhos dos nossos vizinhos ou amigos. Assim, da próxima vez que se sentir a ficar nervosa com as crianças, imagine que são os filhos do seu vizinho! Vai ver que se vai conseguir controlar melhor.
13. Vá dar uma volta
Quando estiver irritada e sentir que já não aguenta estar em casa nem mais um minuto, vá dar uma volta e leve o seu filho consigo. Dê-lhe a mão firmemente e nem precisa de falar, a menos que se sinta capaz de manter uma conversa calma. Por vezes uma caminhada juntos é o suficiente para trazer a paz de volta.
14. Lembra-se que eles estão a aprender
Os nossos filhos são “pequenas pessoas” que estão a aprender as regras da vida. E aos 4 anos, aos 7 anos ou aos 14 anos a vida é um grande desafio para eles também.
15. Seja paciente consigo mesma
É duro educar uma criança. Não há mesmo nada mais desafiador no mundo. Muitas vezes sentimos raiva de nós mesmas (porque estamos a lutar com muitas coisas na vida) e direcionamo-la para os nossos filhos. Isso só nos deixa mais desconfortáveis connosco e a eles, mais furiosos. Portanto seja paciente consigo mesma, seja gentil e mostre compaixão. Reconheça que não é perfeita, mas que o caminho se faz caminhando e a vida é um dia de cada vez.
E mais uma coisa:
Peça ajuda!
Se constantemente se sentir irritada, peça ajuda. Fale com um amiga, com o seu médico de família. Peça aconselhamento.
Tornarmo-nos mais calmos e somos melhores pais quando procuramos o conforto e a felicidade dos nossos filhos.
Estas dicas podem ajudar a acalmar a fúria louca que todos nós sentimos de vez em quando e tornar as nossas relações familiares mais felizes e fortes.
*Investigador de psicologia positiva, orador e escritor o Dr. Justin Coulson é autor de vários artigos, capítulos de livros, livros populares e e-books sobre paternidade e felicidade. É também pai de 6 crianças!