Sabe como se proteger do calor?
A exposição a calor intenso é uma agressão para o organismo, podendo conduzir a desidratação ou agravamento de doenças crónicas, a um esgotamento ou a um golpe de calor.
Deve ter em atenção certos sintomas associados a um esgotamento por calor, tais como, cãibras musculares, cansaço, fraqueza, desmaio, náuseas e vómitos, respiração rápida e superficial, grande transpiração, palidez, pele fria e húmida, pulso fraco e rápido e dor de cabeça.
O corpo humano troca calor com o exterior, principalmente através da transpiração, por processos de irradiação e de evaporação. A hidratação, o arrefecimento e a não exposição ao calor são condições fundamentais de proteção da saúde de toda a família e, em particular, das crianças nos primeiros anos de vida.
O risco mais grave do calor
O golpe de calor é a situação mais grave e pode provocar danos irreversíveis à saúde a até levar à morte.
Os principais sintomas são febre alta, dores de cabeça, tonturas, pulso rápido e forte, náuseas, confusão, perda de consciência, contrações musculares e pele vermelha, quente e seca, sem suor. Uma vítima de um golpe de calor corre risco de morte. São indispensáveis cuidados médicos de emergência. Ligue 112.
As recomendações da Direção-Geral da Saúde para se proteger do calor:
1. Proteja-se do sol e do calor
- Evite a exposição direta ao sol, em especial, entre as 11 e as 16 horas.
- Na praia, mesmo debaixo do chapéu de sol não está protegido. A água do mar também reflete os raios solares, podendo provocar queimaduras solares.
- Sempre que se expuser ao sol ou nadar ao ar livre, use protetor solar (índice >30).
- Use chapéu e óculos escuros (especialmente para pessoas com pele clara). Proteja a cabeça das crianças com chapéu de abas.
- Use roupa solta, de preferência de algodão e aplique sempre protetor solar. Contudo, nem todas as peças de vestuário são adequadas quando se trata de proteger a pele, com eficácia, contra a radiação UV. Devem ter-se em atenção algumas características, como o design da peça de roupa, a densidade e composição do tecido, a cor, o grau de elasticidade e o conteúdo de humidade.
- Nos dias de grande calor, os bebés e os idosos não deverão ir à praia.
- Diminua os esforços físicos e repouse, frequentemente, em locais à sombra, frescos e arejados.
2. Beba e faça uma alimentação equilibrada
- Aumente a ingestão de água ou de sumos naturais, sem adição de açúcar, mesmo sem ter sede.
- Evite bebidas alcoólicas e com elevados teores de açúcar.
- Faça refeições leves, pouco condimentadas e mais frequentes.
- Os recém-nascidos, as crianças, as pessoas idosas e as pessoas doentes podem não sentir sede. Ofereça-lhes água!
3. Refresque-se
- Permaneça 2 a 3 horas por dia num ambiente fresco. Se isso não for possível em sua casa, visite centros comerciais, museus, cinemas ou outros locais com ar condicionado.
- No período de maior calor, tome um banho de água tépida. Evite, no entanto, mudanças bruscas de temperatura. Evite, no entanto, mudanças bruscas de temperatura.
4. Em casa
- Evite que o calor entre. Corras as persianas ou portadas e mantenha o ar a circular.
- Abra as janelas durante a noite.
- Use menos roupa na cama, sobretudo, dos bebés e doentes acamados.
5. Em viagem
- Se o carro não tiver ar condicionado, não feche completamente as janelas.
- Leve sempre água consigo ou sumos de fruta naturais, sem adição de açúcar.
- Sempre que possível, viagem de noite.
- Evite a permanência em viaturas expostas ao sol, em especial, de crianças, doentes ou idosos.
6. Procure e dê ajuda
- Não hesite em pedir ajuda a um familiar ou vizinho, no caso de se sentir mal com o calor.
- Informe-se, periodicamente, sobre o estado de saúde das pessoas isoladas, idosas ou com dependência que vivam perto de si e ajude-as a protegerem-se do calor.
Linha Saúde 24 – 808 24 24 24
O calor extremo ou ondas de calor ocorrem quando a temperatura atinge níveis extremos ou quando a combinação do calor e humidade do ar se tornam sufocantes.
São mais vulneráveis ao calor:
- Crianças nos primeiros anos de vida.
- Idosos.
- Portadores de doenças crónicas (cardiovasculares, respiratórias, renais, diabetes e alcoolismo).
- Obesos.
- Acamados.
- Pessoas com problemas de saúde mental.
- Pessoas que tornam medicamentos, tais como, anti hipertensores, antiarrítmicos, diuréticos, antidepressivos, neurolépticos, entre outros.