Disidrose: já ouviu falar? Embora normalmente não seja grave, este tipo de problema de pele pode tornar-se bastante incomodativo. Saiba mais sobre esta doença, como tratá-la e ainda cuidados a ter para minimizar a sua reincidência.
O que é a disidrose?
A disidrose é um eczema localizado nas mãos e, ainda que com menos frequência, nos pés que ocorre em surtos. Manifesta-se através de bolhas de líquido, mas por vezes sem sintomas. Esta doença é ainda conhecida como eczema distrófico ou dermatite distrófica.
Esta doença é mais comum nos adultos jovens, com um pico de incidência entre os 20-40 anos de idade. A sua incidência é pouco comum nas crianças e não atinge um género em particular.
Como se manifesta?
A disidrose manifesta-se inicialmente através de pequenas bolhas (vesículas) com um líquido transparente, nas mãos e pés. Nas mãos estas vesículas estão normalmente situadas (em 70 a 80 % dos casos) no bordo lateral ou dorsal dos dedos.
Estas pequenas bolhas são normalmente acompanhadas de um prurido (comichão) que pode ser muito intenso e incomodativo. O paciente ao coçar as lesões rompe as bolhas que eliminam um fluído transparente. O líquido presente nas bolhas resulta de um processo inflamatório.
As bolhas podem estender-se para as palmas das mãos e dos pés. Com o tempo acabam por secar e descamar. Os episódios podem prolongar-se ao longo de algumas semanas e são mais frequentes nos meses de calor. Finalmente, podem os episódios de disidrose podem reincidir de forma periódica.
Quais são as causas da disidorse?
Na verdade, não se conhece as causas da disidrose. Contudo, foram observadas certas condições em pacientes com manifestações de episódios da doença:
- Dermatite atópica ou de contacto
- Pele atópica
- Stress emocional e ansiedade
- Exposição a substâncias como níquel, cromo e cobalto
- Exposição a substâncias irritantes como detergentes, solventes ou líquidos ácidos
Como se diagnostica?
A observação da pele e um historial de episódios repetitivos são normalmente suficientes. Contudo, alguns casos poderão exigir a realização de exames para excluir a possibilidade de infeção ou dermatite de contacto.
Qual é o tratamento?
Na maioria das vezes, a disidrose não requer qualquer tratamento, desaparecendo por si após alguns dias a semanas. É somente recomendada a lavagem de mãos seguida de um creme emoliente.
Pode ser necessário um antibiótico, apenas no caso de se verificar sinal de infeção secundária.
O uso de corticosteróides tópicos está reservado para os casos mais graves de disidrose.
Que medidas adotar para evitar episódios de disidrose?
O Atlas de Saúde refere vários cuidados a ter de forma a evitar a reincidência desta doença:
- Sempre que possível, evitar humidade e calor nas áreas afetadas
- Usar meias de algodão e sapatos com sola de couro
- Não usar calçado feito de materiais sintéticos
- Retirar os sapatos e as meias frequentemente de modo a que o suor evapore
- Usar luvas de vinil forrado com algodão para evitar o contacto com substâncias que possam irritar as áreas afetadas (detergentes, produtos de limpeza, jardinagem e outros)
- Usar luvas quando manusear fruta e vegetais ácidos
- Lavar o interior das luvas após o uso
- Substituir frequentemente as luvas
- Remover os anéis antes de fazer o trabalho doméstico ou de lavar as mãos
- Tomar banho com água morna e usar sabão neutro.