Nas consultas de rotina de pediatria nos dois primeiros anos de vida, período de maior crescimento pós-natal da cabeça e do cérebro, o perímetro cefálico será medido e devidamente registado no Boletim de Saúde Infantil e Juvenil.
Quando fecha a moleira ou fontanela do bebé
Com a medição do perímetro cefálico, é observada a evolução do fechamento das fontanelas e suturas cranianas sendo que:
- A fontanela posterior é muito pequena e fecha perto dos dois meses de idade.
- A fontanela anterior é maior, mede cerca de dois dedos. Contudo, o tamanho é muito variável entre bebés e fecha entre os 12 e os 18 meses. Uma das suas características é a pulsação (batimentos rítmicos), originada pela proximidade de vasos arteriais.
Quando a fontanela fecha cedo demais (craniossinostose), o crescimento cerebral pode ficar comprometido. Por isso, é tão importante acompanhar o fecho da moleira nos primeiros anos de vida. Caso o pediatra note alguma alteração, poderá fazer os exames necessários para diagnosticar o problema e agir em conformidade.
O que pode querer dizer a moleira funda
Quando o bebé está desidratado, a fontanela fica deprimida. Assim, a moleira funda pode ser sinal de desidratação em conjunto com outros sintomas como olhos encovados, pele seca, sinais de sede, irritabilidade ou a fralda seca.
O que pode querer dizer a moleira alta
A moleira alta pode ser sinal de infeção bacteriana, como meningite (infeção aguda do Sistema Nervoso Central), por exemplo. Nesta situação, há aumento da pressão do líquido que circula no cérebro e a fontanela aparece abaulada para fora.
Esta situação exige acompanhamento médico.
A importância do acompanhamento pediátrico nos primeiros anos de vida
Na avaliação do crescimento infantil, particularmente até aos 3 anos de idade, são registadas algumas medidas antropométricas e a evolução de certas estruturas físicas conhecidas como indicadores do crescimento, como a estatura, o perímetro cefálico (PC), o nascimento dos dentes ou o encerramento das fontanelas.
As consultas pediátricas permitem detetar e encaminhar precocemente e situações passíveis de correção e que possam afetar negativamente a saúde da criança.
Bibliografia: BRASIL. Ministério da Saúde. Acompanhamento do crescimento e desenvolvimento infantil. Brasília: Ministério da Saúde; 2002. (Série Cadernos de Atenção Básica; 11 – Série A Normas e Manuais Técnicos); 1333 Perguntas Para Fazer ao Seu Pediatra, Mário Cordeiro, A Esfera dos Livros; O livro dos pais de recém-nascidos – Instruções, informações e conselhos para depois da maternidade, Jorge Azevedo Coutinho, edição Principia, 1ª edição, novembro 2014.