O Síndrome da Morte Súbita do Lactente (SMSL) é uma das maiores preocupações dos pais de recém-nascidos. Apesar das inúmeras investigações que têm sido realizadas ao longo das últimas décadas para compreender as causas deste acontecimento, ainda não existe atualmente qualquer evidência científica que especifique as suas causas.
Segundo informação avançada pela revista Visão, cerca de 90% dos óbitos por SMSL acontecem em bebés com idades compreendidas entre os 2 e os 7 meses, ainda que esta possa ocorrer durante o primeiro ano de vida da criança.
Estima-se que, em todo o mundo, dois bebés em cada mil nascimentos sejam afetados pela SMSL. Já em Portugal, o valor é bastante mais baixo – verificam-se entre 0.1 a 0.2 casos por cada mil nascimentos.
Baby box
O Síndrome de Morte Súbita do Lactente foi, como para tantos outros pais, um fator de inquietação para Verónica Macedo, de 32 anos, e João Cortinhas, de 34 anos, que viviam no Reino Unido quando souberam que iam ser pais pela primeira vez. Contudo, tudo mudou quando lhes foi apresentado um produto inovador que nasceu na Finlândia há mais de 80 anos: a Baby Box. Produto esse que decidiram exportar também para Portugal (além do Reino Unido, a Baby Box era já sobejamente conhecida noutros países – Reino Unido, Austrália, Estados Unidos da América, etc.) e começar um negócio que visa a educação dos adultos na promoção de “práticas seguras no que diz respeito ao sono do bebé”.
Mas afinal, o que é a Baby Box?
Em entrevista à revista digital MAGG, o casal explica no que consiste:
“A Baby Box é uma caixa de cartão certificada, especialmente desenhada para caber no interior de berços e camas de grades, embora também possa ser transportada para qualquer lugar da casa, quase como um ninho. O objetivo da caixa é ajudar na diminuição das mortes súbitas, funcionando como um objeto educativo para os pais. Digamos que é um meio para um fim, e um método de educação e alerta para os adultos, promovendo práticas seguras no que diz respeito ao sono do bebé.”
Foto: Facebook Baby box
Vantagens
Esta caixa, com cerca de 68 centímetro de comprimento por 42 de largura, tem inúmeros benefícios. Em primeiro lugar, faz com que os pais não perpetuem a tendência de encher o berço da criança com peluches e brinquedos. Ou seja, “reduz a tendência de pôr objetos desaconselhados na cama dos bebés”.
Em segundo, de acordo com o casal, a Baby Box, recomendada até aos 6 meses de idade, cria “um ambiente confortável e seguro para o bebé dormir”. A uma dada altura, a criança começa a querer virar-se, nomeadamente durante o sono, e a caixa impede que isso aconteça (“se se tentarem virar, batem na lateral da caixa e voltam à posição de barriga para cima”, elucidam Verónica Macedo e João Cortinhas), evitando uma eventual morte por asfixia (passível de acontecer caso o bebé se vire de barriga para baixo).
Por fim, em terceiro lugar, a Baby Box é uma alternativa segura para os pais terem o seu bebé deitado durante o dia. Basta pô-la no chão com o bebé lá dentro e já está. Não é necessário que haja um segundo berço ou espreguiçadeira para manter o bebé perto dos seus pais.
Foto: Facebook Baby box
A importância da informação
O jovem casal acrescenta, em entrevista, que a comercialização desta “caixinha mágica” em Portugal é tão importante quanto alertar os pais para a necessidade de promover um sono seguro e evitar, na medida do possível, a SMSL. Para tal, difundem informação sobre a correta utilização de cadeiras auto, dicas sobre o sono, a utilização da chucha, entre outras.
Comercialização da Baby Box em Portugal
A caixinha é vendida num kit que tem o custo de 34,95€ e inclui ainda um colchão ajustável às medidas da Baby Box, um protetor impermeável, uma coberta para o colchão e um conjunto de lençóis 100% de algodão. Pode ser adquirida a partir de 1 de junho de 2020 na loja online oficial da marca.