A hiperplasia do endométrio é uma condição que altera a espessura do revestimento do útero que pode pressupor a realização de um tratamento hormonal.
Ainda que a hiperplasia endometrial nem sempre esteja associada ao cancro do endométrio, é considerado pela comunidade científica um fator de risco. Quando, para além deste problema, a mulher tenha outras patologias como obesidade, diabetes, doenças no fígado ou rins, existe uma maior probabilidade de desenvolver este tipo de cancro.
Hiperplasia do endométrio
O que é?
A hiperplasia do endométrio é o aumento da espessura do revestimento interior do útero, que acontece devido a uma exposição excessiva de estrogénio.
Tipos de hiperplasia
Contudo, existem diversos tipos de hiperplasia endometrial. Os principais – que têm maior prevalência – são:
- Hiperplasia simples do endométrio
Caracterizada pelo espessamento do tecido endometrial, este é um tipo de hiperplasia menos grave. O tratamento pode compreender a toma de medicação e a realização de exames de diagnóstico de 6 em 6 meses ou de ano a ano.
- Hiperplasia cística do endométrio
Neste caso, o tratamento pode ser feito recorrendo a certos fármacos e à realização de curetagem. Nas situações mais graves, pode estar relacionado com cancro do endométrio.
- Hiperplasia focal do endométrio
Esta condição faz com que os pólipos endometriais se desenvolvam e cresçam de forma anormal, o que estreita o tamanho “normal” do útero.
- Hiperplasia atípica do endométrio
Sendo esta uma lesão mais grave do que as anteriores e pode estar associado a um desenvolvimento de cancro. O tratamento varia consoante o estadio da doença. No limite, e caso a situação seja muito grave, pode ser necessário a realização de uma histerectomia (cirurgia na qual o útero é retirado).
Sintomas
Existem alguns sinais que podem indicar este quadro clínico, tais como:
- Sangramento anormal;
- Dores e cólicas abdominais;
- Aumento do tamanho útero, observado em ecografia.
Perante estas queixas, o médico assistente poderá fazer o diagnóstico recorrendo a uma série de exames, como a ecografia endovaginal – que consiste na introdução da sonda na vagina.
Causas da hiperplasia do endométrio
Normalmente, esta situação sucede devido a uma exposição excessiva à hormona estrogénio. Pode surgir quando não se verifica a ovulação mensal por outras condições de saúde, como o síndrome de ovários policísticos, quando está a realizar um tratamento de reposição hormonal na qual é apenas usado o estrogénio, ou quando existe historial clínico de tumor no ovário.
A hiperplasia do endométrio regista-se com maior frequência na faixa etária dos 40 aos 60 anos.
Qual o tratamento?
A terapêutica é escolhida com base no tipo e gravidade do tipo de hiperplasia diagnosticada.
Entre as opções de tratamento estão:
- Curetagem do endométrio;
- Medicação (progesterona, por exemplo) via oral, intramuscular ou intrauterina.
Após o tratamento, é aconselhável realizar-se uma biópsia a uma parte do tecido endometrial para verificar se o tratamento teve ou não sucessi.