A listeriose é uma infeção provocada pela bactéria listeria monocytogenes que existe espalhada na natureza (terra, lamas, poeiras, vegetais, silos e furragens).
Listeriose
A contaminação pela bactéria pode dever-se à ingestão de alimentos como legumes crus não lavados, ovos, leite e queijo não pasteurizados e na carne, aves, peixe e mariscos crus e mal passados, entre outros.
Sintomas
Os sintomas da infeção (dor de cabeça, febre, dores musculares, dor abdominal, náuseas e diarreia) podem ser tardios e ocorrer apenas após 12 horas e os 33 dias após o consumo dos alimentos contaminados.
A infeção começa por se manifestar por dois ou mais episódios febris, com temperaturas que não ultrapassam muito os 38 ºC. Esta temperatura pode surgir isolada ou associada a outros sintomas acima identificados.
Diagnóstico
O diagnóstico de uma infeção por listeriose baseia-se nos sintomas mas também, na cultura e isolamento do organismo (amostra de urina ou colheita realizada no trato genital).
Como prevenir a listeriose
É essencial atuar preventivamente. Tenha especial atenção à qualidade e higiene dos alimentos que consome, especialmente quando faz refeições fora de casa e não consegue controlar a origem, armazenagem, manipulação e confeção.
Se tiver alguma dúvida sobre a proveniência ou o aspeto dos alimentos, rejeite-os.
Consequências da listeriose na gravidez
A listeriose pode ser grave na gravidez porque pode levar a parto prematuro. A transmissão da bactéria ao feto depende da virulência da estirpe e da intensidade da infeção, bem como do efeito barreira da placenta.
Infeção do recém-nascido com listeriose
No recém-nascido, a infeção pode apresentar-se como uma sépsis com alterações pulmonares, hepáticas e neurológicas, tratando-se em geral de prematuros com uma alta taxa de mortalidade neonatal.
Mas a doença pode manifestar-se mais tarde por uma meningoencefalite ou uma hidrocefalite, fundamentalmente em recém-nascidos de termo cujas mães não tiveram sintomas da doença sendo, também nestes casos, a morbilidade e a mortalidade relativamente elevadas.
Bibliografia: Curso de Obstetrícia, Mário Luiz Mendes
