Uma petição com cerca de 25 mil assinaturas, a defender a entrega de bombas de insulina híbridas a crianças com diabetes tipo 1, é hoje entregue na Assembleia da República. Esta doença afeta cerca de 30 mil pessoas em Portugal, sendo que é o tipo de diabetes mais comum em crianças e jovens.
A petição reivindica o acesso das mais de 5 mil crianças e jovens com diabetes tipo 1, em Portugal, às bombas de insulina híbridas. A qualidade de vida destes doentes pode ser consideravelmente melhorada com estes sistemas híbridos de perfusão subcutânea contínua de insulina.
O presidente da Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal (APDP), uma das entidades que promoveu a petição, José Manuel Boavida, estima que existirão em Portugal cerca de 30 mil pessoas com a doença.
“Para aquilo que necessitávamos, que são cerca de sete mil assinaturas para que este tema seja discutido em plenário e para que seja dada a possibilidade aos partidos de tomarem iniciativa legislativa, pensamos que esta campanha foi extremamente conseguida”, disse à Agência Lusa.
O responsável louvou a rápida e forte adesão à petição, por parte de tantas pessoas. A campanha foi lançada há apenas um mês. O documento salienta que este sistema de bombas de insulina híbridas já existe em Portugal, mas que lhe falta o alcance necessário, muito devido ao valor elevado do medicamento.
Segundo a Agência Lusa, o texto da petição explica que este é o “sistema cuja performance mais se aproxima do pâncreas artificial, administrando insulina automaticamente e ajustando-a de acordo com as necessidades individuais. É revolucionário na medida em que melhora substancialmente a saúde das pessoas com diabetes”.
De acordo com o documento, a utilização destas bombas pode proporcionar uma melhor compensação, assim como uma redução em 80% do número de picadas nos dedos e 95% do número de injeções que uma pessoa com diabetes tipo 1 tem de dar por ano.
14 de novembro 2022