Em crianças e adolescentes, a variante Delta não contribui para o agravamento de casos de Covid-19, quando comparada com outras variantes. É a conclusão de uma investigação do Centro de Prevenção e Controlo de Doenças (CDC), a agência federal de saúde pública dos Estados Unidos da América.
A agência noticiosa AFP noticiou os dados do CDC, depois da preocupação recente com o aumento de casos de Covid-19 em crianças norte-americanas, nas últimas semanas. O CDC analisou dados de pacientes hospitalizados em 99 condados de 14 Estados, cobrindo cerca de 10% da população norte-americana.
Foi comparado o período de tempo desde o início de março até meados de junho, com o de meados de junho até ao final de julho, quando a variante Delta dominou os casos no país. Entre esses dois períodos, a taxa de hospitalização de crianças e adolescentes até aos 17 anos aumentou cinco vezes.
Contudo, a proporção de casos de doença grave em crianças e adolescentes manteve-se semelhante entre os dois periodos de tempo. A diferença entre os dois periodos não é estatisticamente significativa, na opinião dos especialistas do CDC. Ainda assim, os analistas sublinham que é necessário continuar a investigar os dados.
O trabalho de investigação provou também que a vacinação protege bem os adolescentes contra a variante Delta, pois as taxas de hospitalização foram cerca de 10 vezes maiores para adolescentes não vacinados, do que para aqueles vacinados. Recordamos que nos EUA, os adolescentes a partir dos 12 anos podem receber a vacina da Pfizer.
Um segundo estudo desta mesma entidade mostra que a vacinação de adultos está a proteger crianças. Em análise estiveram as visitas às urgências e o número de hospitalizações em todo o país, durante o mês de agosto.
Nos estados com a menor cobertura de vacinação para a população em geral, o número de atendimentos de urgência por crianças e adolescentes foi três vezes maior do que nos estados mais imunizados.
6 de setembro 2021