Foto: BBC News
As boas notícias chegam Oxfordshire, Inglaterra. Uma menina nasceu que surda – devido a uma doença genética causada pela interrupção dos sinais nervosos do ouvido interno para o cérebro – recuperou a audição.
Opal Sandy integrou um ensaio do Serviçi Nacional de Saúde da Grã-Bretanha e tornou-se, assim, na paciente mais jovem a receber este tratamento inovador.
A criança recebeu dois tratamentos. Inicialmente, foi submetida a uma cirurgia de apenas 16 minutos e, depois meses depois, após uma injeção no ouvido interno, começou a responder a sons. Ao fim de 24 semanas, os pais notaram que Opal já estava com uma audição praticamente normal.
“Os médicos colocaram os sons que ela estava a captar e ficámos impressionados com o quão suave eram, quão silenciosos eram. Eram sons que na vida quotidiana podem até passar despercebidos”, conta o pai de Opal, James Sandy.
O médico responsável pelo ensaio, Manohar Bance, mostrou-se muito satisfeito com os resultados, que foram “melhores do que esperava. “Podemos começar a aplicar esta terapia em crianças pequenas, e, então, ter uma abordagem única, na qual realmente restauramos a audição. Não precisamos de colocar implantes ou outras tecnologias que precisariam de ser substituídas” refere.
Graças a esta abordagem inovadora, Opal Sandy já responde às vozes dos pais e vai, seguramente, conseguir interagir mais com o mundo que a rodeia.
Esta terapia genética está já a ser aplicada em crianças de outros países. Nos Estados Unidos, um menino de 11 anos que nasceu surdo, recuperou a audição após quatro meses de tratamento. Também na China, um tratamento semelhante permitiu que cinco recuperassem a audição.
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