Apesar de na sua maioria assintomáticas ou com sintomas ligeiros, as crianças parecem não estar imunes aos efeitos a longo prazo e sequelas da Covid-19. Um levantamento de dados no Reino Unido chegou a conclusões preocupantes.
Numa altura em que ainda se investigam as consequências a longo prazo da doença, tal como muitos adultos, as sequelas da Covid-19 estão a afetar um número significativo de crianças e adolescentes.
Um levantamento no Reino Unido mostra que 13% das crianças abaixo dos 11 anos apresentam pelo menos um sintoma nas cinco semanas após terem estado infetadas com o coronavírus. O mesmo se verifica em 15% das crianças entre os 12 e os 16 anos que já estiveram infetadas.
Esta recolha de dados do Gabinete Nacional de Estatística britânico, lança um alerta e uma chamada de atenção. Os dados levantados por este organismo foram feitos de forma aleatória, por todo o país, o que está a levantar algumas preocupações agora que o Reino Unido se prepara para reabrir as escolas.
Apesar de os dados serem preliminares e não terem havido comparações com crianças não infetadas, os sintomas associados à Covid-19 que perduram ou se manifestam mesmo depois da infeção desaparecer têm-se tornado uma preocupação crescente.
Especialistas pedem atenção especial a estes casos, especialmente porque as crianças e os adolescentes não vão ser vacinados contra a Covid-19, pelo menos por enquanto. Apesar dos ensaios clínicos levados a cabo pelas várias farmacêuticas a desenvolverem vacinas, não há certezas se o poderão sequer ser.
Em cima da mesa de alertas, está também o facto de muitos adultos infetados, que tiveram sintomas ligeiros ou que estiveram mesmo assintomáticos, terem reportado consequências tardias da doença. O mesmo poderá acontecer com as crianças, um grupo que muito frequentemente não apresenta sintomas da infeção com o SARS-CoV-2.
3 de março 2021