Um agrupamento escolar, composto por cerca de nove escolas na área do North Ayshire, na Escócia, Reino Unido, revelou ter começado a utilizar um sistema de tecnologia de reconhecimento facial para detetar se os alunos pagaram as suas refeições. O objetivo é diminuir contactos nos momentos de pagamento, criando mais uma maior camada de segurança e higiene.
A utilização da tecnologia de reconhecimento facial torna o acesso às refeições mais rápido e fácil, mas sobretudo mais seguro e higiénico para alunos e funcionários. O uso do dinheiro e cartões bancários é dispensado.
Ao utilizar este sistema, os estudantes só têm que escolher a sua refeição, olhar para a câmara e continuar com o processo. Perante algumas preocupações, o agrupamento escolar de Noth Ayshire explica na página de perguntas e respostas que a tecnologia é segura.
Os dados biométricos dos alunos são guardados de forma encriptada, e apagados assim que saem da escola, através dos procedimentos do departamento Council Records Management. Para ativar o sistema de pagamento é necessário que os pais permitem o uso do reconhecimento facial dos seus filhos. Caso não queiram, podem optar pelos restantes métodos para pagar, neste caso um PIN.
Caso os encarregados de educação mudem de ideias, podem contactar a escola para retirar a permissão da recolha de dados biométricos de reconhecimento facial.
À publicação The Financial Times, a empresa responsável pela tecnologia de reconhecimento facial, a CRB Cunninghams, explicou que o sistema diminui o tempo de espera em cinco segundos por aluno, em média. Cada segundo conta, quando a escola tem cerca de 25 minutos para servir quase mil alunos por periodo. Quando o programa-piloto começou em 2020, a adesão ao sistema foi de 97%, neste agrupamento.
O uso de reconhecimento facial já foi criticado por representar uma invasão de privacidade, e mesmo banido em outras situações, tais como o uso para controlar a presença dos alunos nas salas de aula.
21 de outubro 2021