O aumento de novos casos de Covid-19 da variante indiana, agora conhecida como variante Delta, está a causar preocupação entre os especialistas. A nova vaga aproxima-se e segundo o especialista britânico Chris Smith, a solução passa por vacinar as crianças e atingir imunidade de grupo.
Em entrevista à BBC, Adam Finn, membro do Comité de Vacinação e Imunização, diz que o Reino Unido está perante uma autêntica prova de velocidade entre a vacinação e a nova variante da doença. É praticamente inevitável que se vá enfrentar uma nova vaga do vírus associada a esta estirpe.
Os especialistas entrevistados pela emissora britânica defendem os objetivos da vacina: proteger indivíduos da vacina e proteger a sociedades das infeções e da sua propagação. Neste sentido, os epidemiologistas acreditam que só será possível enfrentar a variante Delta quando a imunidade de grupo for alcançada, ou seja, se cerca de 90% da população estiver vacinada.
O que significa que seria necessário intensificar os processos de vacinação, e contemplar a inoculação das crianças na faixa etária entre os 12 e os 16 anos. A solução passa por vacinar milhões de crianças, consideram os especialistas.
Já foram vários os laboratórios que iniciaram os testes para a vacinação de menores de 16 anos. Tanto a Agência Europeia do Medicamento, como a agência reguladora dos medicamentos e alimentação dos Estados Unidos (FDA), já autorizaram o uso da vacina da Pfizer/BioNTech em menores de 16 anos.
A Organização Mundial de Saúde já alertou, no entanto, que antes de vacinar os mais novos, é importante que a nível global a população prioritária esteja protegida, salientando o facto de muitos países ainda não terem recebido as doses necessárias para tal.
Tedros Ghebreyesus, diretor da OMS já fez um apelo, para que países ricos doem doses a países pobres, antes de vacinarem crianças e adolescentes. Menos de 1% das vacinas já administradas foram atribuídas a países pobres.
21 de junho 2021