O Centro de Controlo e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos da América, apresentou esta semana um estudo que revela que 9 em cada 10 crianças internadas nos hospitais do país com Covid-19, não são vacinadas. O mesmo estudo aborda a maior vulnerabilidade dos menores pertencentes a minorias étnicas e raciais.
O estudo do CDC é apresentado no Relatório Semanal de Morbidade e Mortalidade desta agência. Segundo o estudo, que considerou as taxas de hospitalização entre 19 de dezembro de 2021 e 28 de fevereiro de 2022, período de domínio da varitante Ómicron, as hospitalizações associadas à infeção por SARS-CoV-2 em crianças de cinco a 11 anos foram 2,1 vezes maiores entre crianças não vacinadas do que entre crianças inoculadas.
No período de tempo analisado por este estudo, as crianças já se encontravam elegíveis para a vacinação com a vacina da Pfizer/BioNTech. 32% das crianças hospitalizadas tiveram Covid-19 na sua forma mais grave, 19% necessitaram de internamento na unidade de cuidados intensivos, incluindo 15% sem condições médicas subjacentes. Nenhuma criança faleceu, mas cinco precisaram de ventilação.
A investigação acrescenta ainda que 30% dos menores que foram hospitalizados não tinham condições médicas subjacentes, mas que tal como acontece com os adultos, crianças com diabetes e obesidade mostraram ser mais propensas a desenvolver uma forma grave da doença.
O mesmo já não aconteceu entre as crianças com asma, crianças com condições de imunossupressão e crianças que já se encontravam hospitalizadas. Nestes casos , o risco de doença grave foi menor.
Nos últimos dias, a Pfizer e a BioNTech anunciaram em comunicado que uma dose de reforço da vacina contra a Covid-19 aumentou o nível de anticorpos contra a variante original do vírus e contra a Ómicron, num teste feito com crianças de 5 a 11 anos.
Os autores do estudo alertam ainda que este é um problema que afeta mais as minorias, uma vez que as crianças negras não hispânicas foram o maior grupo de crianças não vacinadas e, por isso, mais vulneráveis ao desenvolvimento de doença grave.
21 de abril 2022