No passado fim-de-semana, a Organização Mundial da Saúde (OMS), emitiu uma nota de atualização dos casos de hepatite aguda na Europa e no resto do mundo. Uma criança já perdeu a vida com a doença e dezassete precisaram de transplante de fígado.
Segundo dados da Organização Mundial da Saúde, até 21 de abril, a maioria dos casos tinham sido registados no Reino Unido e na Irlanda do Norte (114), seguindo-se Espanha, com 13 e Israel com 12. Os Estados Unidos (9), Dinamarca (6), Irlanda (5), Holanda (4), Itália (4), Noruega (2), França (2), Roménia (1) e Bélgica (1).
Tem-se verificado que os casos ocorrem em crianças entre o primeiro mês de vida e os 16 anos de idade.
Até ao momento, os casos foram diagnosticados como uma hepatite aguda, ou seja, inflamação do fígado. Muitos doentes relataram sintomas grastointestinais, incluindo dor abdominal, diarreia, vómitos e icterícia (cor amarelada da pele e dos olhos). Ainda de acordo com a OMS, a maioria dos casos não apresentou febre.
A OMS já esclareceu que não existe qualquer ligação entre os casos desta hepatite e a vacina contra a Covid-19, que aliás não foram administradas a nenhum dos casos confirmados no Reino Unido. Também não foi ainda encontrada uma relação entre viagens para outros países.
Nas crianças afetadas não foi detetado nenhum dos vírus que costumam causar as hepatites A, B, C, D e E. As formas mais frequentes nas crianças são a hepatite A e a E pois são principalmente de transmissão fecal-oral. Isto significa que são transmissíveis através do consumo de água ou alimentos infetados e contacto com objetos também infetados.
Questionada pela TSF, a Direção-Geral da Saúde garantiu estar atenta ao desenrolar da situação, mas assegurou que não feoi detetado nenhum caso semelhante ao verificado em Espanha e no Reino Unido. Nas crianças afetadas não foi detetado nenhum dos vírus que costumam causar as hepatites A, B, C, D e E.
26 de abril 2022