Na União Europeia (UE), entre 2011 e 2020, morreram mais de 6000 crianças em acidentes rodoviários, segundo o European Transport Safety Council (ETSC). As vítimas registadas no relatório desta entidade, tinham idades até aos 14 anos. Estima-se que cerca de 5% de todos os feridos graves rodoviários na UE são crianças.
Segundo os dados agora divulgados, Portugal está desde 2011 no grupo de países que alcançaram uma redução anual de cerca de 7% de crianças gravemente feridas em acidentes rodoviários. Com Portugal estão outros estados, como a Polónia e os Países Baixos.
Segundo o relatório, apenas sete países europeus disseram estabelecer limites de velocidade obrigatórios mais baixos, nas zonas envolventes a escolas, para evitar acidentes rodoviários. O ETSC refere que as estradas que circundam equipamentos dedicados a crianças, devem ser projetadas para velocidades de 30 km/h e volumes de tráfego reduzidos.
O ESTC recomenda aos governos de cada país e à União Europeia, que sejam criados percursos seguros, para peões e ciclistas, a caminho das escolas. O ETSC recorda também que as cadeiras de transporte voltadas para trás devem ser obrigatórias pelo tempo que for possível, de preferência até que a criança atinja os quatro anos.
A partir de 1 de setembro de 2024, só serão vendidos no mercado europeu, as cadeirinhas que cumpram a nova norma UN R129. Em alguns países, incluindo Portugal, o IVA sobre as cadeirinhas para automóveis, ou sistemas de retenção de crianças, foi reduzido para 5%.
Os autores do relatório encontraram grandes diferenças na segurança das crianças entre os países, adianta o relatório, dando como exemplo que a taxa de mortalidade infantil rodoviária na Roménia é cerca de dez vezes maior do que em países como a Noruega, Chipre e Suécia.
27 de setembro 2022