Os manuais digitais estão a chegar aos poucos às escolas portuguesas, com o objetivo de, até 2026, se tornarem numa escola definitiva. Este ano letivo, o Governo está a testar o método em 66 agrupamentos de escolas, com uma amostra total de 12 mil alunos.
À Agência Lusa, o ministro da Educação, João Costa, confirmou que até ao fim da atual legislatura, em 2026, os manuais digitais serão uma realidade em todas as escolas. O ministério está a trabalhar com as editoras, produtoras destes conteúdos, para definir como irá avançar a medida.
Segundo o programa do Governo, o objetivo é utilizar as verbas do PRR – Programa de Recuperação e Resiliência. Quer-se dotar todas as escolas de instrumentos e meios de modernização tecnológica e promover a generalização das competências digitais de alunos e professores.
Segundo João Costa, a chegada dos manuais digitais aos diferentes níveis de ensino será combinado, de acordo “com os tempos das aquisições e revitalizações dos manuais escolares em papel”. O ministro falou também de um estudo da Universidade Católica, que mostrou a boa adesão aos manuais digitais, por parte de alunos, professores e famílias.
Uma das preocupações é, ainda assim, a qualidade da rede de Internet disponível nas escolas, que em vários casos deixa muito a desejar. João Costa garatiu que dentro de dois anos este deixará de ser um problema. Já este ano serão criados cerca de 1300 laboratórios digitais nas escolas.
Segundo o ministro, a partir do momento em que cada aluno tem o seu portátil, o modelo da sala TIC, onde estão os computadores, torna-se desnecessário. Serão provavelmente transformadas em espaços onde há impressoras 3D e mesas de modelação.
Os próximos passos a dar serão chegar a acordos com as diferentes editoras. A desmaterialização de manuais escolares abrangeu, no ano letivo passado, 24 agrupamentos e 3700 alunos
7 de outubro 2022