Durante os primeiros meses de 2020, nasceram menos 775 bebés em Portugal. Os números de “teste do pezinho” registados indicam que nasceram menos 1,2% bebés, em relação a igual período do ano passado.
Entre janeiro e setembro deste ano o Programa Nacional de Rastreio Neonatal (PNRN), registou 65.165 recém-nascidos. O programa, coordenado pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, rastreia os números do “teste do pezinho”.
Estes registos indicaram uma quebra de nascimentos, quando comparamos o período em análise com a baliza temporal homóloga de 2019. Nasceram menos 775 bebés em Portugal, uma quebra de 1,2%.
Janeiro foi o mês em que se registaram mais “testes do pezinho”, num total de 8043. Fevereiro registou 5899, Março um total de 7182 e Abril registou 7067. No pós-estado de emergência, nasceram 6910 bebés em maio, 7048 em junho, 7625 em julho e setembro foi o segundo melhor mês com 7712.
Os dados do rastreio neonatal indicam ainda que Lisboa foi a cidade que registou o maior número de nascimentos – 18.867. De seguida encontra-se o Porto com 11. 831 e depois Braga com 5032.
Nas regiões autónomas dos Açores e da Madeira nasceram 1547 e 1353 bebés, respetivamente.
2019 foi o ano em que se registaram mais nascimentos e consequentemente, rastrearam mais “testes do pezinho”, nos últimos quatro anos – 87.264. Desde 2016 que o número de nascimentos tinha vindo a aumentar.
Comparando o número de bebés analisados ao longo dos últimos anos, nos últimos nove meses houve um aumento de 2,2% face ao ano em que se registou o valor mais baixo dos últimos cinco para igual período: 2015, ano em que foram analisados apenas 62.990 recém-nascidos.
Este tipo de teste, que cobre quase a totalidade dos nascimentos no país, é realizado a partir do terceiro dia de vida do recém-nascido, através da recolha de umas gotículas de sangue no pé da criança.
Permite diagnosticar doenças graves que, de outra forma, seriam muito difíceis de diagnosticar durante as primeiras semanas de vida das crianças. Doenças que mais tarde podem provocar alterações neurológicas graves, alterações hepáticas, entre outras situações.
Estes testes permitem identificar crianças que sofrem de doenças, como a fenilcetonúria ou o hipotiroidismo congénito, que podem beneficiar de intervenção terapêutica precoce.
13 de outubro 2020