A reavaliação periódica dos rendimentos anuais removeu o abono de família a quase 70 mil crianças e jovens portugueses, em janeiro. No primeiro mês do ano existiam 1.052.458 beneficiários, uma redução de 69.942 titulares, de acordo com síntese estatística do Ministério do Trabalho.
O Dinheiro Vivo dá conta desta notícia, citando o documento do Ministério: “o abono de família para crianças e jovens abrangeu 1.052.458 titulares em janeiro de 2023. No mês em análise, devido à reavaliação periódica dos rendimentos anuais, registou-se face ao mês anterior, uma redução de 6,2% (menos 69.942 titulares)”.
Em comparação com o mês de janeiro de 2022, os dados revelados pelo Gabinete de Estratégia e Planeamento do Ministério mostram um aumento de 17.297 crianças e jovens com abono de família (mais 1,7%).
Em agosto do ano passado, o Governo anunciou o reforço do abono de família para crianças dos 1º e 2º escalões, o que representa um mínimo de 600 euros anuais por criança. Foi também anunciada a criação de uma prestação adicional para crianças em situação de pobreza extrema.
Segundo Ana Mendes Godinho, ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, as medidas anunciadas são “estruturais, não são extraordinárias”. Cerca de 400 mil crianças foram abrangidas por este reforço do abono de família para os escalões mais baixos.
Crianças e jovens em situação de pobreza extrema tiveram também direito a uma prestação adicional de 70 euros por mês até ao fim de 2022, e 100 euros mensais a partir de 2023. Esta medida, Garantia para a Infância, abrange cerca de 123 mil crianças.
No total, este apoio corresponde a 1200 euros anuais, para que estas crianças e jovens possam sair da situação de pobreza crítica, promovendo a igualdade de oportunidades. O Conselho de Ministros também aprovou, na altura, uma alteração aos abonos de família, para que acompanhem a evolução do salário mínimo.
22 de fevereiro 2023