Já subiu para sete, o número de crianças que morreram, no Reino Unido, na sequência de uma infeção provocada pela bactéria Strep A (estreptococos do grupo A). Os casos têm vindo a ocorrer desde setembro. Apesar desta bactéria ser comum em amigdalites bacterianas, os pediatras dizem que casos graves são raros.
As vítimas registadas são crianças com idade até aos 12 anos, com as mortes precoces a assustar a população. A estação de televisão britânica Sky News referiu que as vítimas moravam em Inglaterra e no País de Gales.
A Strep A, a bactéria responsável por estas infeções, e que também é responsável por outros problemas como a escarlatina, é comum. Ainda assim causa infeções invasivas e pode entrar na corrente sanguínea e disseminar-se rapidamente. É nestes casos que se pode tornar fatal.
As autoridades de saúde britânicas estão atentas ao aumento de casos naquele país. Este ano, no que toca a crianças entre os um e os quatro anos de idade, registaram-se 2,3 casos de infeção invasiva por cada 100 mil crianças, um número mais de quatro vezes superior ao que acontecia antes da pandemia.
Uma das principais razões apontadas para este fenómeno é a possibilidade de os confinamentos provocados pela pandemia da Covid-19 terem diminuído a imunidade a diferentes tipos de bactérias, o que permitiu que a infeção grave se desenvolvesse com maior facilidade, em crianças.
Nenhuma das crianças vítimas da infeção moravam perto umas das outras ou tinham qualquer tipo de relação, pelo que parece não existir nenhum tipo de cadeia de transmissão. O aumento do número de mortes devido à infeção grave por estreptococos do grupo A tem estado associado a uma maior circulação da bactéria.
A infeção por Strep A, mesmo a mais grave, pode ser curada com antibióticos, desde que seja detetada numa fase inicial.
6 de dezembro 2022