A vacinação de crianças entre os 5 e os 11 anos, agora oficialmente recomendada pela Direção-Geral da Saúde (DGS) deverá começar pelo grupo das crianças mais velhas, avançando a partir daí no sentido descendente de idades. Quem o disse foi o primeiro-ministro António Costa, em declarações à SIC Notícias.
Na mesa entrevista, António Costa rejeitou a possibilidade de o Governo aprovar novas restrições, mas reforçou a necessidade do uso da máscara, a importância da vacinação e da testagem. O primeiro-ministro voltou a defender que se faça testes antes do Natal e pede cuidados especiais, acrescentando que o auto-teste é recomendável.
O primeiro-ministro destacou também o papel da vacinação de crianças na prevenção de interrupções das aulas e de encerramentos dos estabelecimentos de ensino. O primeiro-ministro disse ainda que a vacinação das crianças deverá começar pelas que têm 11 anos e, progressivamente, avançar até às de 5, num calendário que será apresentado no final da semana. Espera-se um anúncio nesse sentido durante sexta-feira, dia 10.
À semelhança de outros governantes e entidades, António Costa referiu que ainda que as crianças sofram menos com a doença Covid-19, são “altamente transmissoras” do vírus. Existem 600 mil crianças para serem vacinadas entre os 5 e 11 anos e o Governo tem já 700 mil vacinas encomendadas, que começa a chegar na próxima semana, até final de janeiro.
As crianças deverão receber cerca de um terço da dose dada a adultos e adolescentes a partir dos 12 anos, e tal como nestes grupos, serão dadas duas doses com cerca de três semanas de intervalo.
O número de crianças infetadas tem vindo a aumentar, mesmo que nos mais novos a doença exista maioritariamente de forma ligeira. a DGS não deixa de notar, contudo, que com vacinação ou não, podem existir formas graves de Covid-19 em crianças.
9 de dezembro 2021