As vacinas pediátricas da BioNTech/Pfizer, contra a Covid-19, a serem administradas a crianças entre os 5 e os 11 anos, vão chegar a 13 de dezembro. O anúncio foi feito pela presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen.
Durante uma conferência de imprensa, ontem, em Bruxelas, Von der Leyen disse ter estado em contacto com a BioNTech/Pfizer sobre as vacinas pediátricas, “desde ontem [terça-feira], há boas notícias: eles são capazes de acelerar e isto quer dizer que as vacinas para crianças estarão disponíveis a partir de 13 de dezembro”.
A Agência Europeia do Medicamento (EMA) emitiu o seu parecer positivo em relação às vacinas na semana passada. O anúncio da Comissão Europeia confirma o que já tinha sido garantido: estão garantidas as doses para as crianças assim como as doses de reforço.
Em Portugal espera-se uma recomendação oficial durante esta semana, por parte da Direção-Geral da Saúde, numa altura em que o aumento de casos nestas idades está a preocupar as autoridades. Em Portugal contam-se cerca de 600 mil crianças, que serão elegíveis para a vacina.
A Sociedade Portuguesa de Pediatria considerou, na semana passada, que as vacinas contra a Covid-19 são seguras no grupo etário dos 5 aos 11 anos, mas defendeu que a decisão de vacinar deve ter em conta outros dados, como a prevalência da infeção nas crianças.
A SPP destaca que nas crianças mais jovens, a Covid-19 é normalmente uma doença assintomática ou ligeira, e que são raros os casos mais graves que obrigam a internamento. No entanto, a instituição também sublinha que as crianças “êm sido fortemente prejudicadas na pandemia devido aos confinamentos sucessivos, que afetam seriamente a sua aprendizagem e saúde mental e aumentam o risco de pobreza e de maus-tratos”.
Vacinar os mais novos seria útil no sentido de evitar outros confinamentos e surtos nas escolas.
2 de dezembro 2021