A Fundação LEGO anunciou esta quinta-feira, 20 de agosto de 2020, o lançamento do LEGO Braille Bricks, uma coleção que ajuda as crianças com deficiências visuais a desenvolverem algumas capacidades, como o “pensamento crítico e a resolução de problemas”, enquanto, simultaneamente, aprendem Braille.
A aprendizagem deste sistema de leitura para pessoas cegas ou com deficiências visuais acontece devido à posição dos pinos da parte superior das peças de Lego. Cada posição corresponde a uma determinada letra e número do alfabeto Braille. Essas letras e números estão também inscritos nos “tijolos”, constituindo assim não só um elemento de aprendizagem, como de interação, integração, colaboração e interajuda entre estas crianças e os seus pares e professores.
Desta forma, a Lego “introduz (no mercado) uma maneira divertida e envolvente de ajudar crianças com deficiência visual a desenvolver as competências táteis e a aprender o sistema braille”, esclarece a empresa de brinquedos dinamarquesa num comunicado divulgado no seu site.
O lançamento oficial da coleção irá acontecer numa primeira fase no Brasil, Dinamarca, França, Alemanha, Noruega, Reino Unido e EUA. No entanto, a marca de brinquedos conta introduzir o LEGO Braille Bricks noutros 13 países já no início de 2021 (Austrália, Áustria, Bélgica, Canadá, Finlândia, Irlanda, Itália, Nova Zelândia, Portugal, Espanha, Suécia, Suíça e Holanda).
O conceito das peças em braille foi proposto à Lego Foundation pela Associação Dinamarquesa de Cegos em 2011 e, em 2017, pela Fundação brasileira Dorina Nowill. “O programa foi revelado pela primeira vez como um projeto-piloto em abril de 2019 na Conferência de Marcas Sustentáveis em Paris, França, lar do inventor do braille, Louis Braille”, destaca a Lego.
“Desde então foi sendo moldada numa estreita colaboração com as comunidades de cegos da Dinamarca, Brasil, Reino Unido, Noruega, Alemanha, França e EUA, onde os testes foram conduzidos em dois períodos ao longo de quase dois anos”, explica.
O conceito foi testado em vários idiomas e contextos culturais e está pronto para ser lançado em seis idiomas (dinamarquês, norueguês, inglês, português, alemão e francês). A empresa adianta que, nos próximos seis meses, irá lançar quatro novas versões linguísticas, “com a ambição de que o conceito seja implementado num total de 11 idiomas em 20 países até ao início de 2021”.