As crianças em idade escolar poderão ter de esperar significativamente mais tempo pela vacina contra a Covid-19. Esta previsão foi apontada pelo jornal norte-americano The New York Times.
Ou seja, não será antes do outono de 2021, que crianças receberão a sua dose da vacina. Só depois dos adultos, que se prevê que comecem a ser vacinados durante a próxima primavera.
Estas conclusões foram reunidas por investigadores de pediatria de diversas instituições, com base nos ensaios clínicos em desenvolvimento.
Porquê a demora para a vacinação de crianças?
Existem já várias vacinas contra a Covid-19 para adultos, em fases avançadas de ensaios clínicos um pouco por todo o mundo. Contudo, até agora ainda não arrancou nenhum ensaio, para determinar se as mesmas vacinas são seguras e eficazes para crianças.
Em entrevista ao the New York Times, o pediatra americano Evan Aderson, disse estar preocupado com a possibilidade de não existir uma vacina disponível para crianças até ao início do ano letivo 2021/2022.
Apesar de se saber agora que as crianças não são passíveis de disseminar o vírus, o risco não é nulo, e as atividades que envolvem a sua participação, exigem a presença de adultos.
Um grande número de vacinas, como por exemplo, contra doenças como o sarampo,vpoliomielite e tétano, foram projetadas desde o início para serem administradas a crianças.
Nestes casos, os fabricantes de vacinas normalmente começam com testes em adultos para verificar se há problemas de segurança significativos. Mas o processo existe com o objetivo de vacinar crianças, o que não acontece no caso da Covid-19.
Somente se os investigadores não descobrissem nenhum efeito colateral sério, poderiam começar a fazer testes em crianças, muitas vezes começando com os adolescentes, e depois avançando para idades mais jovens.
Os laboratórios que desenvolvem as vacina covid-19 estão bem cientes de que as crianças não são simplesmente mini-adultos. A biologia é diferente o suficiente para afetar o modo como as vacinas funcionam.
A nível global, a pandemia da Covid-19 já infetou mais de 31,3 milhões de pessoas, segundo o balanço da Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos.
23 de setembro 2020