Um casal norte-irlandês deu as boas-vindas, na semana passada, às suas filhas gémeas, Ava e Amelia. Esta seria uma afirmação completamente normal, não fosse o caso de a mãe das bebés, Danielle Martin, ter estado em coma, com Covid-19.
Em março, ainda no início da pandemia, Danielle e o noivo, Bryan Green, já sabiam que estavam à espera de bebé. Contudo, ainda não tinham feito nenhuma ecografia.
Nessa altura, Danielle, de 32 anos, começou a ter os primeiros sintomas de infeção pelo novo coronavírus. Os sintomas (dor de garganta e pulmões congestionado) progrediram e o estado de saúde da futura mãe piorou bastante, tendo sido levada para o hospital.
Os médicos colocaram Danielle, em coma induzido durante duas semanas. Desenvolveu uma pneumonia grave e foi ligada a um ventilador. Durante este período, os médicos descobriram que a gravidez da irlandesa era de gémeos.
Antes de ser colocada em coma, Danielle apresentava algumas dores e sangramentos, o que significava perigo de aborto espontâneo.
O estado de saúde frágil da mulher, na altura grávida de nove semanas, colocava também as suas bebés em risco. Felizmente, Danielle recuperou e depois de sair do estado de coma, recebeu a notícia de que a sua família ia aumentar em maior número do que o esperado.
Além das gémeas apelidadas de “bebés milagre” pela imprensa britânica, o casal de Belfast já tem três filhos rapazes. Danielle Martin teve de estar sozinha no hospital, contando apenas com o apoio incondicional de médicos e enfermeiros.
Citado pelo jornal Metro, o pai, Bryan disse que o seguro nascimento das meninas “é definitivamente um milagre para nós. São as nossas pequenas princesas. Agora temos três rapazes e duas raparigas, vai ser a loucura.”
O risco de perder os bebés foi muito alto, tendo Bryan admitido que chegou a temer o pior. O pai de cinco criou uma angariação de fundos online, para ajudar o pessoal do hospital de Belfast onde a sua família foi assistida e salva.
12 de outubro 2020