Uma menina nasceu em outubro, no estado do Tennesse, Estados Unidos da América, depois de uma gravidez gerada através da implantação de um embrião congelado. Algo que não seria notícia por si só, não fosse o embrião ter estado congelado desde 1992.
O nascimento da pequena Molly Everett Gibson marcou assim um recorde: o de bebé nascido através do embrião que estava congelado há mais tempo. Um recorde que anteriormente já tinha sido ganho pela irmã mais velha de Molly, Emma Gibson, que nasceu em 2017, de um embrião conservado durante 24 anos.
A história da família Gibson pode parecer confusa, mas é fácil de perceber. Em 1992, os embriões doados, que foram congelados e conservados. Duas décadas depois, Tina e Ben Gibson decidiram, depois de problemas de fertilidade, recorrer à implantação de embriões para ter filhos.
A ideia de recorrerem à implantação de embriões surgiu na própria família, opção que o casal acabou por escolher.
Os embriões de Emma e Molly tinham sido congelados na mesma altura e quando o casal voltou pela segunda vez ao National Embryo Donation Center, a diretora da instituição Carol Sommerfelt percebeu que ainda existiam embriões disponíveis e saudáveis da transferência original.
Os embriões das duas jovens irmãs de 3 anos e 1 mês de idade foram conservados quando a mãe gestante, Tina Gibson, tinha apenas 1 ano de vida. As duas meninas nasceram saudáveis, depois de gravidezes completamente normais e sem complicações.
A implantação foi claro, bem sucedida, tanto no primeiro como no segundo caso. Mas é a longevidade da “vida” dos embriões conservados. Carol Sommerfelt afirma que este facto reflete a evolução da tecnologia e da medicina, no que diz respeito à preservação de embriões.
O National Embryo Donation Center é uma das instituições líderes na preservação de embriões para uso futuro.
30 de novembro 2020