Uma das mais mediáticas vacinas contra a Covid-19, da farmacêutica Pfizer, não está a ser aconselhada a menores de 16 anos, grávidas e lactantes. Esta recomendação consta da bula que está a ser distribuída no Reino Unido, desde o início do mês.
A recomendação surge depois de algumas reações alérgicas graves em algumas pessoas. O alerta revela que a vacina ainda não foi testada nestes grupos e pede às mulheres a quem está a ser administrada, para esperarem dois meses antes de engravidarem.
A farmacêutica afirma desconhecer os efeitos do fármaco na fertilidade humana, apesar de os testes ainda estarem a acontecer. O alerta abrange também pessoas com problemas alérgicos graves, assim como quem toma medicação anticoagulante ou de reforço do sistema imunitário. Nestes casos, a vacinação deve ser ponderada.
A gigante farmacêutica Pfizer avisa que os vacinados só devem começar a produzir anticorpos uma semana depois da segunda dose. A vacina é administrada com 21 dias de intervalo entre doses.
As autoridades do Reino Unido não esperaram pela Agência Europeia do Medicamento, mas o rótulo e a bula da vacina que está prestes a chegar à União Europeia deverão ser os mesmos.
A vacina da Pfizer/Biontech mantém o nome de medicamento experimental: BNT162b2. Não pode ser vendida ao público, está apenas a ser autorizada para uso temporário e nesta situação de emergência que é a pandemia.
A vacina está a ser administrada no Reino Unido desde 8 de dezembro e hoje deve ser aprovada a sua administração na União Europeia. A vacinação em Portugal vai começar pelos profissionais de saúde e deverá arrancar ainda antes do Ano Novo.
Apesar de recomendar cuidados a estes grupos, a Pfizer incentiva a vacinação em pleno contra a Covid-19. Os efeitos secundários da vacina têm sido ligeiros, desde dores de cabeça, febre, fadiga, cansaço e náuseas.
21 de dezembro 2020