Na Cimeira Social, evento que está a decorrer no Porto, promovido pela presidência portuguesa do Conselho da União Europeia dedicada ao avanço dos direitos sociais, o eurodeputado Pedro Marques propôs uma prestação para tirar crianças da pobreza extrema na Europa.
A proposta foi feita a nível pessoal, não a título do partido pelo qual foi eleito, o Partido Socialista. Nos Estados Unidos, a administração Biden já aprovou apoios às crianças em pobreza extrema para 2021. Pedro Marques propõe um modelo de uma nova ambição para a Europa em termos sociais.
A preocupação com a pobreza infantil não é uma preocupação recente. Considera-se ser agora uma prioridade urgente e o eurodeputado português propõe uma nova prestação para travar a pobreza infantil no espaço europeu que contabiliza 92 milhões de pobres.
Pedro Marques apresentou o contexto de pandemia e consequente crise como alavanca definitiva para apresentar um conjunto de condições que, segundo o mesmo, se devem verificar na Europa nesta década.
Salários justos e decentes, boas condições de trabalho, o fim da pobreza energética, o fim das desigualdades de género, são algumas das causas que o eurodeputado socialista defende serem imprescindíveis, rematando com o fim da pobreza infantil, que some 5 milhões de crianças em pobreza extrema por toda a União Europeia.
Segundo o eurodeputado, em reportagem do Jornal Público, “150 euros por mês [a cada família] serão decisivos para retirar 5 milhões de crianças da pobreza extrema em todos os países europeus”.
Antes da sua intervenção na Cimeira Social, o eurodeputado disse ao mesmo jornal que a pobreza infantil é a “prioridade das prioridades na redução da pobreza e isso está claramente no programa de acção da própria Comissão Europeia”.
Seguir o exemplo dos Estados Unidos é o próximo passo a tomar, segundo Pedro Marques, que também já foi ministro do Planeamento e das Infra-estruturas, e que neste momento é vice-presidente do Grupo S&D para a área social.
7 de maio 2021