O Centro Europeu para o Controlo de Doenças (ECDC) recomenda que, tal como aconteceu nas faixas etárias mais velhas, também da vacinação de crianças, as que sofrem de doenças de risco devem fazer parte dos grupos prioritários.
Num relatório publicado esta semana, os benefícios de vacinação nesta faixa etária dependem de vários fatores, como a incidência do vírus ou da existência de doenças que aumentem o risco de Covid-19 grave.
Esta entidade também alertou que a melhor recuperação da doença, por parte de crianças e jovens no geral, significa que se deve continuar a privilegiar os mais velhos no processo de vacinação, antes de se avançar para as faixas etárias mais jovens.
Os benefícios individuais diretos das vacinas para a Covid-19 em jovens e adolescentes são limitados, quando comparados com os efeitos em grupos de idade mais avançada. O relatório do ECDC prevê que o “o benefício geral será proporcional à transmissão do SARS-CoV-2 dentro e a partir dessa faixa etária”.
No final da semana passada, a Agência europeia do Medicamento aprovou a vacina da Pfizer para ser administrada em crianças e adolescentes dos 12 aos 15 anos. Na Europa, a vacina já estava aprovada para pessoais a partir dos 16 anos. Ainda que a Agência Europeia do Medicamento já tenha dado um parecer positivo, a decisão ainda terá que passar pela Comissão Europeia. Caberá a cada Estado-membro decidir se e quando pretende usar a vacina.
A eficácia da vacina nesta faixa etária foi comprovada num ensaio clínico que contou mais cerca de 2000 participantes. A resposta imunitária revelou-se semelhante à de jovens adultos.
No ensaio, nenhum dos adolescentes vacinados teve Covid-19 ou foi infetado pelo SARS-CoV-2, ao contrário do que sucedeu com 16 participantes de um grupo de controlo, aos quais foi administrado um placebo e que acabaram por ficar infetados e contrair a Covid-19.
2 de junho 2021