Não existiu pressão política na decisão da DGS de avançar com a vacinação universal contra a Covid-19, de crianças e jovens entre os 12 e os 15 anos. Foi o que garantiu Graça Freitas, diretora-geral da Saúde, acresce tando que se tratou de uma decisão puramente científica.
Em entrevista à RTP3 disse que foi com base na informação divulgada nos Estados Unidos, que a decisão foi tomada. A Direção-Geral de Saúde (DGS), na voz de Graça Freitas, quer deixar claro que a relação entre a vacinação de crianças e os casos de miocardite e pericardite foram extremamente raros. “É uma evolução benigna”, esclareceu Graça Freitas.
As crianças que se inscrevam em autoagendamento até amanhã, sábado, poderão ser vacinados no fim de semana de 28 e 29 de agosto. Durante o fim de semana que agora vai começar, 21 e 22 de agosto, começam já a ser vacinados os primeiros utentes dos 12 aos 15 anos, que na semana passada agendaram para estes dias.
Entretanto, o autoagendamento ficou também disponível para os jovens de 16 e 17 anos que ainda não se tenham vacinado, porque a afluência foi mais baixa do que esperado. Ainda à RTP, Graça Freitas disse que “temos mais de 160 mil destes adolescentes inscritos. No total são cerca de 410 mil. Foi um autoagendamento, apesar de tudo, positivo, mas é preciso expandi-lo e depois haverá outras metodologias para continuar a captar estas pessoas”.
O periodo de férias pode não estar a ajudar como também já referiu o vice-almirante Gouveia e Melo. Graça Freitas quis deixar uma palavra de confiança aos pais e adolescentes.
“É normal que as pessoas tenham preocupações e receios e devem sempre esclarecê-los com os seus médicos assistentes, enfermeiros, ou no local da vacinação, estão sempre a tempo de sempre informados. Mas, quando a Direção-Geral da Saúde (DGS) e os peritos que fazem uma recomendação universal é porque avaliámos os benéficos e os riscos e é seguro. Vamos vacinar-nos”.
20 de agosto 2021