A notícia é avançada pelo Correio da Manhã. Uma mãe e a filha têm mudado constantemente de casa durante o último mês, porque a progenitora quer esconder a menina, de 12 anos, do pai, para evitar que seja vacinada contra a Covid-19. Segundo o jornal, o pai da criança vai avançar com pedido de entrega da menor.
Paula Fatri e a sua filha têm vivido em casas de amigos e alojamentos locais desde o dia 16 de agosto. As mudanças regulares de casa são para evitar que o pai da menor a encontre e a vacine contra a Covid-19. A vacinação para crianças e adolescentes entre os 12 e os 15 anos já está vigente em Portugal.
Durante a semana passada, de acordo com o CM, mãe e filha mudaram de casa duas vezes. Paula Fatri não quer que a filha seja vacinada, ao contrário do pai. A mãe defende-se, contudo, dizendo que não é negacionista e que a menina tem todas as outras imunizações em dia.
No passado dia 16 de agosto, a menor deveria ter ido de férias com o pai, mas desde esse dia, mãe e filha, residentes no concelho de Gondomar, têm vivido em vários locais, clandestinamente. Apesar de não ser claro qual é o regime de guarda da menor de 12 anos, o CM avança que Paula Fatri sabia que o pai da filha iria avançar com a imunização da criança durante o período em que a teria à sua responsabilidade.
Ao CM, a mulher diz que não permite que a sua filha seja vacinada contra a Covid-19, porque considera os estudos científicos sobre os efeitos da vacina em crianças insuficientes, alegando que existem ainda muitas dúvidas sobre os efeitos adversos a médio e longo prazos.
Mãe e filha já foram ouvidas pela Comissão de Proteção de Menores e o caso deverá agora seguir para tribunal. João Pedro César Machado, advogado de Paula Fatri, mostrou-se confiante de que o processo será decidido a favor da sua cliente, uma vez que a vacina não é obrigatória em Portugal. O pai da menor não prestou declarações, mas é quase certo que deverá avançar com um pedido imediato de entrega da menor.
16 de setembro 2021