O governo espanhol vai proibir a publicidade a doces e outros alimentos e bebidas pouco saudáveis, como chocolates, bolachas, gelados e refrigerantes, quando dirigida a crianças e adolescentes. A medida vai ser aplicada em vários meios de comunicação, como a televisão, rádio, cinema, imprensa e redes sociais.
A informação foi divulgada numa reportagem publicada no El País, e o anúncio foi feito pelo Ministério do Consumo de Espanha e tem como objetivo reduzir os índices alarmantes de obesidade infantil.
Alberto Garzón, o ministro do consumo destacou que este “é um grave problema de saúde pública” e adiantou que a medida entrará em vigor já no início do próximo ano. “Os menores são consumidores vulneráveis e temos a obrigação de os proteger da publicidade”, acrescentou o governante.
O ministro destacou ainda a importância das redes sociais, já que as crianças “recebem uma grande quantidade de publicidade que incentiva ao consumo não saudável e prejudicial à saúde”. O ministério vai regulamentar quais produtos podem ser anunciados com base nas diretrizes da Organização Mundial da Saúde (OMS).
A tutela usa como exemplos medidas implementadas em países como a Noruega e o Reino Unido, e Portugal, onde este ano letivo se proibiu a venda de produtos alimentares não saudáveis nas cantinas, bares e máquinhas automáticas nas escolas.
Espanha já tem uma classificação de alimentos “problemáticos” para a obesidade infantil desde 2005, mas entretanto os critérios da OMS tornaram-se mais rígidos.
A publicidade de produtos com chocolate e açúcar, barras energéticas, doces industrializados, bolachas, bebidas energéticas e gelados será limitada independemente dos dados nutricionais. Outros produtos devem ter uma quantidade de açúcares, gorduras totais e sal abaixo de certos limites.
Vão também existir limiter de horários para a trasmissão de publicidade que o governo espanjol considerar nocivos para a saúde infantil. O ministério afirmou que a ideia é regular os anúncios nas redes sociais e no YouTube.
2 de novembro 2021