A Comissão Europeia anunciou no final da semana passada a celebração do terceiro contrato com a Pfizer/BioNTech, de forma a garantir que a União Europeia tem doses suficientes da vacina contra a Covid-19 para administrar em crianças e para as doses de reforço para adultos.
Agora que a Agência Europeia do Medicamento (EMA) aprovou a administração da vacina da farmacêutica norte-americana, para a faixa etária entre os 5 e os 11 anos, a União Europeia anunciou que vão existir doses mais do que suficientes para a inoculação de crianças.
“Reservámos 1,8 mil milhões de doses, o que é suficiente para reforços da vacinação e ainda para vacinar outras categorias de pessoas, como as crianças”, disse Stefan de Keersmaecker, porta-voz do executivo comunitário para a Saúde Pública. Na mesma conferência de imprensa, o porta-voz salientou que o terceiro contrato com a farmacêutica está concluído.
Depois da aprovação da EMA, na passada quinta-feira, é necessário que a Comissão Europeia adote formalmente a recomendação da agência reguladora, para que a vacina entre no mercado. A dose para esta faixa etária é cerca de um terço da dose administrada aos adultos e aos adolescentes a partir dos 12 anos.
Mas tal como nos grupos etários mais velhos, a vacina vai ser administrada com duas injeções nos músculos do antebraço, com três semanas de intervalo entre cada dose.
Esta é a primeira vacina aprovada na União Europeia para crianças desta faixa etária, numa altura em que se verificam aumentos de casos nestas idades e quando os Estados Unidos já a começaram a administrar no início de novembro. Portugal vai receber o primeiro lote de 300 mil vacinas pediátricas a 20 de dezembro.
O regulador europeu garantiu que a segurança e a eficácia da vacina continuará a ser monitorizada. A diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, afirmou esta semana ser fortemente a favor da vacinação infantil, que apesar de tudo ainda divide pais e pediatras.
29 de novembro 2021